No livro “Vidas secas de Graciliano Ramos, assim como no modernismo brasileiro, os escritores já denunciavam as mazelas sociais existentes no país, tais como a desigualdade e a fome. Este problema é uma consequência direta advinda daquele – principalmente, sob o viés econômico. Sob essa ótica, existe um problema no país, o qual possui um viés econômico e outro social. A desigualdade econômica é algo existente em várias sociedades, atualmente. Porém, num país em que determinadas regiões possuem um alto incide de pessoas obesas e um pequeno número de habitantes que detêm a renda de mais de 90% da população, enquanto indivíduos passam fome em outras regiões, não é algo normalmente aceitável – ainda mais para um país fora do mapa da pobreza. Segundo Karl Marx, isso advém da luta de classes, a qual se faz presente desde a inserção do capitalismo no meio social vigente. O problema, entretanto, não se resume a isso, pois essa disparidade econômica ocasiona inúmeros problemas sociais, como a fome que gera inúmeras mortes no sertão. A falta de acesso a renda, em virtude do menor fluxo econômico em algumas regiões, aliada aos encargos alimentícios, cria uma dificuldade na aquisição dos alimentos básicos. Algo que é direito garantido ao cidadão por meio da Constituição Federal – direito à alimentação -, mas que não é cumprido, em sua totalidade, pelo Estado. Pois, como afirmou Platão, “o importante não viver, mas viver bem”, essa máxima deveria ser a prioridade do governo em relação a população. Torna-se evidente, portanto, a problemática socioeconômica do Brasil. Primeiramente, a Receita Federal, como medida paliativa, deve diminuir o imposto sobre produto, principalmente os alimentos, visando taxar os indivíduos de acordo com a renda, a fim de que os alimentos se tornem mais acessíveis a população de baixa renda. Aliado a isso, o Ministério das Cidades, responsável por combater as desigualdades, com o apoio do Ministério do Trabalho e da Saúde, precisa propor políticas públicas, por meio de incentivos fiscais às empresas. Com a finalidade de criar postos de trabalho e campanhas de saúde preventiva para as classes mais pobres. Evitando que essas mazelas sociais apareçam em futuros poemas nacionais.