Enviada em: 25/08/2018

"É manifestadamente contra a lei da natureza que um punhado de pessoas nade no supérfluo enquanto à multidão esfomeada falta o necessário." Essa frase, proferida pelo filósofo francês Jean Jacques-Rousseau no contexto da Revolução Industrial, revela a imensa miséria social que assolava grande parte da Europa no século XVII. Apesar de parecer que esse problema foi resolvido, ainda hoje diversos países ao redor do mundo sofrem com a fome, a pobreza e abismos sociais que parecem intransponíveis, algo que precisa ser urgentemente solucionado.      Segundo dados da ONG Ação Agrária Alemã de 2014, os países mais afetados por mazelas sociais estão localizados no Continente Africano. No entanto, é surpreendente constatar que grande parte dos produtos agrícolas que alimentam as nações desenvolvidas são produzidos por países da África, onde a fome atinge proporções alarmantes. Essa situação é insustentável, pois, além de ser cruel e desumano, essas pessoas não podem produzir nutrientes para outras pessoas se não estiverem elas próprias nutridas adequadamente.    Ademais, a ONU (Organização das Nações Unidas), em sua Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma que todos têm direito a condições dignas de vida, o que inclui como requisitos básicos a alimentação, assistência médica e social, lazer e educação. Portanto, é inconcebível que a desigualdade social seja tão grande a ponto de algumas pessoas possuírem milhões de dólares parados na conta bancária enquanto outros não tem sequer o que comer.    Diante desse panorama, torna-se explícito que a tomada de medidas para reduzir as disparidades sociais é algo urgente e inadiável. Primeiramente, é preciso que as organizações do terceiro setor, em parceria com o governo de cada país, criem políticas de distribuição de alimentos e renda, como o Bolsa Família, de modo que as pessoas mais pobres tenham condição de suprir as necessidades de suas famílias. Além disso, é fundamental que sejam criados, através da ONU, programas de redistribuição de renda a nível mundial, como os países mais ricos destinarem parte de seus recursos ás nações onde a misér é mais grave, como meio de