Enviada em: 30/11/2018

Como fruto do êxito na Guerra Fria, o predominante sistema político econômico capitalista trouxe consigo o reflexo de um mundo com desigualdades socioeconômicas acentuadas. As extremas diferenças nos padrões de vida, acarretam na deficiente oferta de recursos básicos essenciais para a alimentação. Logo, intensifica o processo da fome em determinada parcela da população em detrimento do constante desperdício e má distribuição mundial.       De acordo com a FAO ( Food and Agriculture Organization) os países onde a desnutrição e a falta de alimentos é alarmante localizam-se em maioria na África, Ásia e América Latina. É evidente que o subdesenvolvimento está diretamente ligado com essa condição, uma vez que, é característico desses países um sistema agrícola voltado para a exportação com baixo investimento na agricultura familiar e escassez de redes de distribuição para locais pouco acessíveis, ou até mesmo, a insuficiente produção, que não atende a demanda alimentícia da população inteira.       Ademais,  a discrepante desigualdade em âmbito mundial,  permite que o ocorra a concentração de alimentos de qualidade e de produtos industrializados em países desenvolvidos. Tal fato é pertinente, pois os mesmos detém a supremacia dos sistemas produtivos industriais e os melhores padrões de agricultura no mundo, ofertando mais alimento do que a população pode consumir. Respalda assim, o relatório divulgado na Word Watter Week em Estolcomo, ao relatar que famílias de países ricos jogam no lixo 30% dos alimentos que compram.        Portanto, a problemática da fome é fundamentada na concentração de renda e alto padrão de vida a uma determinada parcela da população mundial. Evidencia, um mundo prioritário em movimentação econômica e descaso com as diretrizes humanitárias, ao diversificar e exceder a oferta de alimentos para favorecidos economicamente e carecer de suprir outros que se limitam à linha indicadora da pobreza.