Enviada em: 07/03/2019

Segundo o filósofo Rousseau, a propriedade privada foi a principal condição para a segregação social entre ricos e pobres. É fato que desde a colonização do Brasil, com a divisão das capitanias hereditárias em 1530, por exemplo, os economicamente favorecidos estão cada vez mais prósperos e os menos privilegiados, rumo à miséria e a fome. A alarmante desigualdade social no século XXI é  reflexo da administração nacional.         A priori, é válido ressaltar que ao longo da consolidação da democracia a prioridade não foi erradicar a desigualdade social. Segundo a Constituição de 1988, todos os brasileiros têm direitos básicos, todavia, a péssima gestão do dinheiro público corrobora para prolongar o cenário atual, onde só uma minoria que possui recursos financeiros consegue acessar esses direitos básicos com a mínima qualidade. Exemplo disso, é a discrepância entre os serviços particulares e o Sistema Único de saúde, escolas públicas e privadas, saneamento básico de bairros marginais e centrais .          Outrossim, segundo uma pesquisa da organização não governamental Oxfam, cerca de 81% das riquezas produzidas em 2018 estão concentradas em somente 26 proprietários, e equivalem a mais de 50% da população pobre do mundo. Tal dado prova o quanto o neoliberalismo é influente neste abismo quantitativo. Desse modo, isso reforça o que se vê todos os dias nas ruas da nação: cidadãos pedindo esmolas para matar a fome, a outros que podem ajuda-los somente comprando sua força de trabalho. Assim conseguiriam gerar mais bens usurpando de quem já não tem nada.           Portanto, é evidente que medidas sejam tomadas para que a desigualdade social no Brasil seja atenuada. Cabe, a própria população cobrar de seus representantes eleitos, mediante passeatas e até paralisações, sobre a urgência do bem estar social e o aprimoramento dos sistemas de saúde, educação e outros, que devem ser oferecidos com qualidade igual a todos os indivíduos. Ademais o Governo deve revisar o acumulo de bens muitas, e se cabível, destinar parte dele em ação social.Dessa forma a sociedade não mendigará por seus direitos.