A crise alimentar mundial não está relacionada com a produção alimentar, e sim com as desigualdades de renda entre os povos. Pesquisas mostram que embora a produção alimentar no mundo seja suficiente para toda a população, a fome ainda persiste, principalmente nas regiões mais pobres do globo, mostrando assim o caráter econômico deste problema humanitário. Em primeiro lugar, embora a teoria de Thomas Malthus (teoria Malthusiana) acredite que a fome no mundo está diretamente relacionada como o fato da população mundial crescer em progressão geométrica, enquanto a produção alimentar cresce em progressão aritmética (mais devagar), um estudo publicado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação mostrou que a produção mundial de alimentos é suficiente para suprir toda a população global. Apesar disso, aproximadamente uma em cada nove dessas pessoas ainda vive a realidade da fome. Assim, podemos concluir que a fome no mundo não está diretamente relacionada com o tamanho da população, nem com a produção alimentar, e sim com a desigualdade socioeconômica entre povos. Uma pesquisa da ONG Agrária Alemã, em 2014, concluiu que os países com maior valor do Produto Interno Bruto (PIB) tendem a ter os menores índices de fome, enquanto os países de menor PIB tendem a ter maiores índices de fome. Portanto, para que possamos combater a crise alimentar mundial os governos internacionais devem promover, em seus respectivos países, programas sociais que visem combater a pobreza extrema, e a desigualdade social, fornecendo valores para todos que se encontram abaixo da linha internacional da pobreza (todos que vivem com menos de 1,90 dólar por dia). O cidadão deve contribuir com doações financeiras, e alimentares, à ONGs e projetos que combatem à fome mundial. Além de que empresas do ramo alimentício também devem doar todo alimento que sobra, ou que está perto de vencer, para comunidades e pessoas carentes. Somente assim poderemos superar os desafios da crise alimentar mundial.