Enviada em: 23/02/2018

Em "Vidas Secas'', obra do escritor modernista brasileiro, Graciliano Ramos, a pobreza exacerbada e a fome do nordeste, representada na narrativa por Fabiano e sua família, no século XX, remonta um cenário que percorre ainda no século atual, não só no Brasil, mas em todo o mundo — a desigualdade social e as dificuldades enfrentadas pelas camadas mais pobres da população. Sob esse aspecto, embora o mundo tenha evoluído tecnologicamente, ele ainda se encontra estagnado nesse problema que ainda não teve uma solução eficaz para sua devida erradicação.  Segundo a Oxfam, organização humanitária britânica, em 2017 a posse de 82% da riqueza mundial pertence a apenas 1% dos mais ricos. Tendo isso em vista, é notório que a desigualdade monetária, por consequência social, está escancarada aos olhos do mundo e isso, certamente, deve-se ao fato da falta de políticas de ajuda e ao individualismo — sintoma corriqueiro do sistema capitalista que apaga a chama de solidariedade das pessoas.   Outrossim, vale pontuar, ainda, que a desigualdade social é fruto também de uma má educação de base, pois, sem a devida educação, o indivíduo não será capaz de seguir uma vida acadêmica e entrar no mercado de trabalho, restando apenas ofícios de baixa remuneração que são insuficientes ao sustendo de uma família, que gera, por conseguinte, a fome e a falta de oportunidades a essas famílias.    Portanto, para que não tenhamos mais populações nas mesmas condições daquela realidade posta por Graciliano, é indubitável que o governo dos países com tais problemas, ponham em práticas medidas administrativas para com os seus trabalhadores, como o aumento do salário mínimo e, além disso, um maior investimento na educação de base e superior que, consequentemente, proporcionará maiores oportunidades ao longo da vida do indivíduo. Ademais, seria de grande magnitude, a promoção de campanhas de solidariedade do governo em conjunto a Ong's, como a World Vision (organização de ajuda humanitária), por intermédio da conscientização das pessoas e ventos comunitários de ajuda ao próximo. Espera-se, com isso, uma sociedade mais solidária e menos individualista e, por fim, a erradicação da fome e da desigualdade social.