Enviada em: 23/10/2018

A vitória do capitalismo na Guerra Fria gerou muitas consequências para o mundo, sendo uma delas o consumo exacerbado e, como resultado, grandes amontoados de lixo. Assim, países desenvolvidos investiram em técnicas para reduzir a problemática. No entanto, no Brasil, a falta de sólidos investimentos na gestão de resíduos e a má formação socioeducacional dos brasileiros, são fatores precípuos na persistência do problema.    A priori, a poluição de solos e rios causada pela deposição incorreta do lixo gera um estresse ecossistêmico, uma vez que o habitat natural é ameaçado por agentes externos e, como consequência, diversas espécies entram em extinção ou passam a ter seus ambientes inóspitos. Essa conjuntura, de acordo com as ideias do contratualista John Locke, configura-se uma violação do “contrato social”, já que o Estado não cumpre sua função de garantir direitos imprescindíveis (como direito à saúde ambiental e ao bem-estar social).     Sob outro viés, como afirmou Paulo Freire: “se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Seguindo essa linha de raciocínio, fica evidente a magnitude da educação para formação do pensamento crítico na população no que diz respeito à separação correta do lixo com o objetivo de frear a poluição ambiental pelo descarte errôneo dos resíduos. Todavia, a negligência do Estado em políticas educativas sobre práticas ambientais tornam a sociedade brasileira atual cada vez mais longe da “sociedade ideal”, pregada por Aristóteles.     Visto isso, faz-se necessária a reversão de tal contexto. Para isso, é preciso que o Governo Federal, aliado ao Estado, aplique os projetos vigentes de construção de locais habilitados a receber e separar adequadamente o lixo recolhido nas cidades e as devidas manutenções desses espaços, a curto e a longo prazo, por meio de investimentos compactos, com o propósito de controlar a poluição ambiental e, dessa maneira, proporcionar um meio ambiente livre de ameaças. Não obstante, é essencial que o Ministério da Educação, junto às escolas e à mídia, promova palestras e campanhas publicitárias sobre a importância das ações individuais, com o fito de se estabeler um pensamento crítico para a construção de um futuro melhor tanto para si quanto para as futuras gerações e, desse modo, alcançar um país sustentável.