Enviada em: 28/07/2017

Segundo o químico francês Antoine Lavoisier: " Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Tomando como norte a máxima do autor, a gestão de resíduos brasileiros enfrenta dificuldades quanto a sua coleta e destinação final. Nesse ínterim, é importante analisar como o padrão de vida do brasileiro e a ineficácia de políticas nacionais interferem na natureza e transformam-se em prejuízos sociais.    A priori, observa-se que, o consumismo atrelado a falta de educação do povo brasileiro representam os maiores vilãs da gestão adequada do lixo. De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, o Brasil é o quinto maior produtor de lixo do planeta. Somado a isso, a ABRELPE declara que de um total de 5570 cidades no país, mais da metade ainda descartam lixos em lugares impróprios. Em decorrência disso, populações sofrem os efeitos dos resíduos por conta do seu acúmulo e descarte inapropriado em poluições, contaminações, alagamentos e proliferação de doenças.    Agregado a isso, verifica-se que, políticas brasileiras de controle do lixo não estão sendo respeitadas pelos governos estaduais. Segundo a lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, em vigor no Brasil desde 2010, é proibido o descarte inadequado do lixo. Porém, a região Sudeste do país concentra 20 mil toneladas diárias de resíduos que não são recolhidos e que possuem o descarte inapropriado. Por consequência disso, obtêm-se acúmulos de lixos em córregos e, consequentemente inundações e enchentes concebidas pelo homem.    Urge, portanto, a necessidade de abandonar práticas de consumo exagerado e colocar em prática a Lei em vigor no país. Desse modo, a mídia poderá propor reportagens de cunho educativo a respeito da reutilização de um produto que não possui mais serventia ao indivíduo de modo que se torne reutilizável. Além disso, governos de cada Estado deverão efetivar a lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, através da coleta em horários e pontos estratégicos da vida cotidiana. Só assim, ter-se-á melhor gestão de resíduos brasileiros de modo adequado e consciente.