Enviada em: 16/10/2017

Desde a formação do Estado brasileiro, instauraram-se grandes desafios quanto à administração dos resíduos produzidos. Na contemporaneidade, tais impasses perpetuam-se, seja pelo aumento do consumo, seja pela má gestão dos despejos nacionais. Logo, há a necessidade de se conhecer essa problemática, em prol de sua atenuação.        A priori, vale ressaltar o pensamento de Adorno e Horkheimer perante a Indústria Cultural, pois eles afirmam que esta cria tendências, sendo o consumismo exacerbado uma dessas. Assim, comprova-se tal ação, no alto grau de propagandas televisivas que incentivam o gasto com aparelhos tecnológicos e produtos alimentícios, não essências, na pátria. Por conseguinte, há o maior descarte de eletrodomésticos e alimentos quando comparados a outrora, que por assim, compactuam no crescimento exponencial dos detritos produzidos no Brasil. Portanto, agentes externos devem agir, então promovendo a inversão de tal situação contemporânea.         Ademais, torna-se notório mencionar a sociologia funcionalista de Durkheim, a qual determina que, para uma sociedade ser coesa e funcional, as Instituições Sociais devem funcionar harmoniosamente. Dessa forma, a falta de processos que administrem racionalmente o destino do lixo, além do despejo inconsequente e inapropriado, tornam-se um empecilho para a construção de uma nação coerente e harmônica. Nesse âmbito, demonstra-se crucial mencionar o caso ocorrido em 2010 no Rio de Janeiro, no qual, inúmeras casas foram soterradas pela ação da chuva, por estarem em uma localidade que no passado era um lixão a céu aberto. Nesse viés, carecem-se de medidas para solucionar tais situações adversas.        Infere-se, portanto, a urgência de providências para combater o alto consumo e má gestão do lixo no Brasil. Dessa maneira, é de responsabilidade das ONGs promover manifestações pacíficas no ciberespaço, através da elaboração de campanhas publicitárias que condenem os gastos exacerbados com produtos não essências à vida, com o intuito de diminuir o número de detritos produzidos na nação. Outrossim, cabe ao Governo Federal investir, por meio de incentivos monetários, na construção de mais aterros sanitários e na criação de mais usinas de compostagem, que possam utilizar a parte orgânica dos lixos como fonte de matéria prima para a produção de adubo, objetivando uma boa gestão dos resíduos biodegradáveis. Além disso, cabe ao Governo do Estado aumentar o número de locações que se utilizem da reciclagem, a fim de separar os eletrodomésticos dos dejetos e, reutilizá-los na sociedade. Então, somente assim, tanger-se-á uma utopia na construção de uma pátria com hábitos exemplares de sustentabilidade.