Enviada em: 26/03/2018

Repaginando soluções       O hit dos anos 80, joga fora no lixo, de Sandra de Sá, cantora brasileira, fazia referência a um relacionamento e quais as providências que deveriam ser tomadas, por exemplo, corrigir atitudes, para que em última instância jogasse fora tal relação. Atualmente, o mundo sofre com essa questão do lixo e isso se deve, principalmente, ao volume produzido e a questões como reciclar, reutilizar, reparar e reduzir que ainda não ganharam um grande número de adeptos. O zelo pela limpeza pública é conflituoso quando fatores como: a quem pertence o lixo, qual empresa responsável pela coleta e armazenamento, qual o órgão responsável pela fiscalização e havendo algum prejuízo quem arca, estão em voga.       A compreensão de que a sociedade precisa mudar hábitos para que a Terra suporte o aumento populacional, o avanço tecnológico, o consumismo se faz urgente. As educações formal e informal precisam unir forças para que não ocorra um colapso terrestre. A justificativa que permeia a necessidade que os quatro “R” ganhem status de celebridade é que faz bem para o mundo e para seus habitantes.       A iniciativa da cidade do Rio de Janeiro de multar quem joga lixo no chão surte efeito no que se refere à conscientização social, embora sem a contínua fiscalização dos cidadãos e do dinheiro arrecadado a solução é pouco eficaz no que tange a gestão do lixo produzido. Recentemente, o porto de Suape, em Pernambuco, recebeu um carregamento inusitado, um container repleto de lixo hospitalar vindo dos Estados Unidos da América, o que confirma que tal questão é um desafio mundial. A legislação sobre esse assunto precisa ser convergente para uma maior sobrevida.       Para conquistar a sociedade os “Rs” da sustentabilidade devem ser aplicados nas novelas e filmes, como propagandas de refrigerantes e marcas de roupas, no cotidiano dos personagens e para garantir a aplicabilidade de tais processos, as escolas devem introduzir o hábito, além, claro, de recompensar os estudantes que aderirem e incentivarem seus familiares com prêmios simbólicos e produtos reciclados. As prefeituras devem se responsabilizar em manter as ruas limpas, mas também verificar como as empresas contratadas trabalham. Os estados têm a responsabilidade de cuidar para que aterros controlados sejam viabilizados e fiscalizados para evitar danos aos lençóis freáticos. O país por meio da Política Nacional de Resíduos Sólidos tem o compromisso de garantir o descarte mais seguro. De fato, jogar fora ainda não existe, pois, o lixo continua dentro do planeta.