Enviada em: 08/06/2018

“Que importa a natureza, a Glória, a baía, a linha do horizonte? O que vejo é o beco”. No poema de Manuel Bandeira, denominado “Poema de Beco”, o poeta modernista resume o contraste existente no Brasil, já que o eu-lírico ao mesmo tempo em que observa as belezas naturais, percebe o “beco”, isto é, uma alegoria aos problemas sociais. Dentre essa problemática, é importante salientar a corrupção política, a qual é prejudicial. Nos últimos tempos tem sido lugar comum a afirmação de que a administração pública precisa passar por um amplo projeto de reformulação de suas bases clássicas de funcionamento.      A política desejada é a que se apresenta como fator de formulação estratégica da ação governamental vinculada ao interesse coletivo. Não se confunde com aquela de natureza partidária, geralmente manifestada por compromissos de campanha, promessas de palanque e de objetivos ideológicos específicos decorrentes de alianças partidárias. Infelizmente, esta última tem prevalecido em grande número de células municipais, agravando significativamente o descompasso entre as demandas sociais e a qualidade da prestação de serviços públicos.      Ademais, o que se quer é que a estrutura estatal, ainda fragilizada pelo peso dos altos custos da burocracia, descentralize o ambiente decisório, aproxime-se da comunidade com a realização de audiências públicas, acionando os variados conselhos comunitários, e defina as ações de desenvolvimento dentro de um quadro democrático, da comunidade participativa e dos postulados da transparência.  O contexto atual do século XXI está marcado por diversos escândalos políticos, dentre eles, em novembro de 2014, um dos maiores escândalos de corrupção na gestão pública de Santa Catarina, o esquema constituía no pagamento de propina em troca de favorecimentos em licitações e fraudes em contratos com a administração pública.      Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Segundo o Sociólogo Thomas Hobbes, é dever do Estado garantir a harmonia social. Seguindo a linha contratualista de Hobbes, o SFT (Supremo Tribunal Federal) deve agir efetivamente para diminuir a incidência de casos de corrupção nas gestões políticas. Para que isso ocorra de forma auspiciosa, o Estado deve estabelecer medidas de fiscalização mais assídua em relação ao mandato dos parlamentares, para assim, evitar que sistemas de corrupção se concretizem causando prejuízos para o País. Ademais, a educação social, disponibilizada pelo Governo e a mídia, estimulando o cidadão a se tornar mais participativo quanto as relações políticas que ocorrem na nação. Dessa forma, o “beco” causado por meio da corrupção política será minimizado.