Enviada em: 01/08/2018

No Brasil pouco se observa a presença de características essenciais para formação de um gestor público. Neste cenário acontecem diversas formas de improbidades administrativas, além de atos de corrupção, negligência organizacional, descaso com o contribuinte e desrespeito aos cidadãos, que permanecem alienados ao escolherem seus representantes.       Do ponto de vista histórico, há registros que em períodos eleitorais a população brasileira sempre, em sua maioria, se deixa manipular, ao negociarem seus votos com candidatos completamente despreparados e sem nenhuma capacitação gerencial. De fato, desde o período colonial existiu um sistema de exploração que defendia interesses individuais em detrimento aos coletivos.      Além disso, evidencia-se a inexistência, por parte de algumas lideranças, da percepção de sua real responsabilidade profissional com o povo. Quando na verdade, precisariam mostrar suas habilidades em planejar, organizar e executar programas e projetos imprescindíveis para o bem estar da população, usam o dinheiro em benefício próprio.         Na verdade, o que presencia-se são desvios de verbas, ausência de médicos e insumos hospitalares, falta de merenda escolar, aumento dos índices de criminalidade e grande dificuldade de acesso aos programas do governo, os quais foram criados a fim de garantir os direitos humanos. Neste sentido, o filósofo Jean-Jaques Rousseau afirma que, em um Estado bem governado há poucas punições e que a quantidade de crimes assegura a impunidade quando o estado se deteriora.        Sem dúvida, para que tal panorâmica seja modificada é necessário que o Governo Federal invista verbas em educação e cultura, de forma a garantir o acesso a todos os cidadãos, do conhecimento crítico da realidade, para que se tornem seres questionadores e modificadores, capazes de distinguir melhor os candidatos aos cargos públicos, de maneira a reduzir a probabilidade de erros, além de melhorar a qualidade dos novos representantes, os quais emergirão do próprio povo.