Uma Profissão que Exige Preparo e Transparência Prática desenvolvida pelos gregos antigos, a política tornou-se o grande legado daqueles para as sociedades contemporâneas. A necessidade de um arranjo para administrar e planejar a sociedade de forma a proporcionar o bem comum - idealizado por Platão - provocou o desenvolvimento de um sistema que garantisse a mediação de conflitos, organização e a prosperidade. É nesse contexto que observamos a dinâmica organizacional de muitas nações da atualidade que, apesar adotarem o modelo, apresentam graves problemas de eficiência seja porque a democracia encontra-se suprimida seja porque há péssimos administradores. Em nosso país, há sérios entraves como a corrupção e a falta de preparo de muitos, o que leva a uma ineficiência do sistema. Primeiramente, a situação brasileira quanto a corrupção no setor público é estarrecedora. Segundo estudo da Transparência Internacional, o Brasil se encontra na 96º posição entre 180 países no ranking de países menos corruptos. Desse modo, constata-se que a profissão política, para alguns, não se apresenta como um meio de promover o desenvolvimento pondo em prática boas ideias, mas sim um meio de enriquecer. Constatação essa que evidencia a fragilidade do código penal em punir crimes como o peculato. Por outro lado, a falta de preparo para o exercício da uma profissão cuja decisão tomada influencia direta ou indiretamente a vida de toda uma população (até mesmo a de cidadãos que não apoiaram o candidato) alerta para a necessidade da formação adequada para a prática da política. Noções básicas de administração como não gastar mais do que o arrecadado parecem faltar a muitos, uma vez que o país se encontra endividado e encontrando dificuldades em equilibrar as contas. E pior: muitas vezes, acompanha-se no noticiário mais uma medida que aumenta o salário de deputados, o que torna-se algo inaceitável em tempos de recessão econômica. Tendo em vista todos os problemas, portanto, medidas urgentes se fazem necessárias. Quanto ao preparo, é importante que a mídia alerte a população para a relevância do currículo do candidato, pois políticos mais preparados terão maior acurácia em suas decisões. Quanto à corrupção, é notória a deficiência no código penal e uma reforma no mesmo - tendo como norte a vontade popular através de plebiscitos - visando uma punição rigorosa e exemplar de políticos corruptos pode ajudar a atenuar a situação. Concretizando-se tais medidas, o cidadão poderá ter mais certeza em seu voto, maiores perspectivas para o futuro e políticos que saibam fazer coisas mais úteis do que aumentar o próprio salário.