Enviada em: 05/08/2018

No período colonial, cada senhor de engenho, embora subordinado ao rei, detinha plenos poderes dentro dos limites de sua capitania, cabendo a ele a administração e proteção da terra. Nesse contexto, pode-se comparar a estrutura antiga com o modo de administração dos estados hoje: cada município é responsável pelas suas políticas de desenvolvimento. Entretanto, a gestão pública vem encontrando vários obstáculos, o que torna inevitável a discussão acerca desse tema, o qual recai em âmbitos políticos e sociais.        De início, é válido frisar a atuação política no contexto. Para uma boa gestão das finanças públicas, são necessários profissionais competentes, que tenham um planejamento severo, principalmente se esses recursos forem escassos. Inclusive, a ética de Stuart Mill afirma que as ações são boas quando tendem a promover a felicidade. Ou seja, a autoridade local, certamente conhecedora dos déficits de sua comunidade em geral, tem o dever de governar pelo bem dela, promovendo maior bem estar social.        Por outro lado, é imprescindível associar a gestão com um atendimento de qualidade aos cidadãos. O acesso à serviços como saúde, alimentação, moradia e educação, deve ser garantido à todos e de forma eficiente, pois o acesso igualitário à necessidades básicas pode acarretar efeitos positivos em outros âmbitos da sociedade como, por exemplo, a diminuição da violência. Exemplo disso é a Holanda que, ao reduzir o número de detentos, tornou-se possível fechar algumas prisões do país e abrir hotéis nessa mesma estrutura. Então, com o auxílio de políticas públicas eficazes e planejamento, certamente é possível preencher lacunas e melhorar a vida de várias pessoas.        Portanto, são necessárias medidas para tornar a gestão pública brasileira mais efetiva. Desse modo, as prefeituras municipais devem promover uma gestão mais participativa, propondo a votação, através da convocação da comunidade local, para expor os possíveis projetos a serem realizados e os destinos das verbas a serem aplicadas, para que a população decida quais as prioridades em suas perspectivas enquanto cidadãos. Ademais, é urgente um maior investimento em políticas públicas para auxiliar as áreas mais pobres e em grande vulnerabilidade social, para que, gradualmente, esses problemas sejam amenizados. Assim, será possível um melhor uso das verbas advindas do Governo Federal, que serão usadas em prol do desenvolvimento populacional, promovendo melhores condições de vida.