Enviada em: 04/08/2018

De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade é dotada de um poder coercitivo externo sobre todo indivíduo que a compõe. Esse pensamento é correto e comprovado na Sociologia, no entanto, o senso comum demonstra não o associar à gestão pública brasileira. Os cargos administrativos oferecidos são alvos constantes da corrupção dos valores coletivos substituídos pelos individuais e o cidadão comum torna-se enfraquecido diante da desesperança no âmbito político.   Neste sentido, vale ressaltar o aspecto histórico cultural advindo da sociedade patriarcal do período colonial brasileiro. No século XVI, a figura dotada de poder e veneração era o senhor de engenho. Atualmente, o político adquire uma posição intangível na percepção do cidadão comum cuja descrença enfraquece seu poder de atuar e participar da política. Neste cenário, o político sente-se livre para corromper sua missão e desfrutar de uma conduta imoral na posse dos cofres públicos.   Ademais, o cidadão descrente torna-se um perigo ao não possuir o hábito de verificar a conduta de seus representantes no poder. Essa atitude pressionaria a mudança da atual postura política acerca dos recursos públicos e da urgente necessidade de proporcionar segurança, educação e direitos básicos com êxito igualmente à toda sociedade.   Diante do exposto, faz-se necessária a transparência do serviço público e uma maior atuação da população no âmbito político. É dever do Estado proporcionar com prioridade os direitos básicos e prestar satisfação de seus fazeres aos originais proprietários da economia presente nos cofres públicos. Em virtude desse cenário, o Ministério Público deve criar um sistema virtual de fácil acesso para o cidadão verificar as contas públicas municipais, estaduais e federais com regularidade. Com efeito, a democracia é o caminho rumo à uma sociedade justa e igualitária.