Enviada em: 04/08/2018

No Brasil república, a " política dos governadores" surgiu como um artifício corrupto de manipulação da política nacional, na medida em que promovia alianças fraudulentas entre governantes e coronéis latifundiários. Nesse sentido, é notório perceber que, ao longo de todo o histórico nacional, a gestão pública no território brasileiro é marcada pela retirada demasiada de verbas públicas para a satisfação de interesses nepotistas. Além disso, o cenário caótico da gestão vigente é reforçado pela falta de participação popular, a qual inerte não reivindica de forma contundente seus direitos constitucionais.       Primeiramente, segundo Sérgio Buarque de Holanda, o brasileiro tende a colocar seus interesses particulares e financeiros em sobreposição aos anseios gerais da comunidade. Nesse âmbito, é importante destacar que os políticos, na ânsia de obter enriquecimento rápido para a constituição de fortunas particulares, se apropriam indevidamente dos recursos destinados à satisfação das necessidades gerais do seio coletivo - como saúde e educação. Isso provoca, por sua vez, um cenário em que os indivíduos detêm de uma rede de saúde caótica e defasada além de um sistema educacional que não investe na formação social, cultural e humana do ator comunitário.       Ademais, a queda da bastilha configurou-se como o ápice da reivindicação popular de uma maioria  pouco abastada tendo como objetivo, dessa forma, a deposição de um governo retrógrado e dispendioso em decorrência da força assim como a vontade soberana do povo. No entanto, no cenário nacional, o cidadão não possui a mesma força de exigência social em virtude de um passado histórico clientelista, arcaico e patrimonialista. Desse modo, o repasse de continuísmos tradicionais arcaicos leva a construção de uma mentalidade que não instiga nem considera como viável a participação do ser coletivo no desencadeamento das revoluções para a luta dos direitos.       Destarte, é mister que a escola, em parceria com os sindicatos, promovam um maior investimento na formação sociocultural do aluno mediante aulas de ciências humanas que ensinem ao estudante sobre a importância de ser eticamente correto nas decisões políticas - no aspecto filosófico e sociológico - a fim de formar seres sociais politicamente coerentes para impedir, dessa forma, a multiplicação de novos cidadãos corruptos no âmbito governamental. Por fim, o Estado, junto aos setores policiais, necessita criar secretarias que atuem na fiscalização e prenda efetiva de líderes que desviam, ilegalmente, verbas públicas por meio da revista periódica de documentação suspeita no congresso e senado público além da intensificação da penalidade criminal referente a indivíduos que foram acusados de corromper os recursos na intenção de, gradativamente,  diminuir a  corrupção enraizada e, ainda presente no Brasil.