Enviada em: 05/08/2018

O período conhecido como "Milagre Econômico",proveniente do regime ditatorial brasileiro,mesmo com um avanço na economia do país,ficou marcado pela pouca investida em setores sociais básicos,como a educação,por exemplo.Esse cenário de desequilíbrio dos investimentos públicos se tornou um espelho caótico para os dias atuais,visto que a problemática encontra-se cercada por entraves de gestão.Nesse contexto,é plausível analisar a contraposição das ações dos gestores,que priorizam desvios em detrimento do bem-estar maior,assim como o escasso conhecimento da população sobre o destino dado aos impostos cobrados,em que, na maioria dos casos, deixa de ser usado para benefício conjunto.     Em primeiro plano,ainda é vigente uma discrepância social no Brasil atual,originada pelas políticas que não priorizam e desrespeitam os direitos básicos do cidadão.O papel dos gestores públicos seria,primordialmente,manter o equilíbrio entre os direitos básicos e secundários na esfera pública,de modo a promover o desenvolvimento da nação.Porém,essa função é mal correspondida quando os responsáveis por tais ações desviam verbas que poderiam ser usadas em melhorias de infraestrutura urbana,na educação ou na saúde,para contas particulares ou benefícios afins.Isso pode ser analisado a partir do maior escândalo de corrupção já visto no Brasil,conhecido como "Operação Lava-Jato",que cassou diversos gestores apontados pelo desvio de 12,5 bilhões de reais,segundo o Ministério Público Federal,dos cofres da Petrobrás,o que conclui uma ineficácia nas organizações que regem as verbas.    Outrossim,a ausência de conhecimento,por parte da população,sobre o destino e a aplicação dos impostos,assim como do papel dos gestores públicos,corrobora prejuízos no cumprimento das ações.Em tese,o Brasil é o 7° maior cobrador de impostos do mundo,segundo o Fórum Econômico Mundial(FEM),contudo,boa parte dessa verba não é usada da forma correta.Esse fator coloca os cidadãos de "mãos atadas",pois mesmo sabendo das irregularidades,não recorrem às denúncias pela escassez de informação econômica e leiguice dos seus direitos na via pública.Segundo o sociólogo Émile Durkheim:"A sociedade funciona como um organismo vivo",logo,é de suma importância o trabalho coletivo da mídia e da escola para o esclarecimento da população,findando qualquer mazela do organismo social.       Tendo,portanto, a gestão pública brasileira dificuldades no âmbito social,medidas são necessária para resolver tais impasses.É cabível ao Poder Legislativo, com auxílio da Polícia Federal, o dever, de forma assídua,de intensificar as punições e as investigações em casos de desvios de verba pública, promovendo assim a cassação e a demissão permanente do gestor público do meio político.Também,a mídia, em parceria com mestres em gestão pública, deve ,através de debates, esclarecer os cidadãos sobre o real destino dado aos impostos,de modo a alertar a população sobre seus direitos de intervenção.