Enviada em: 05/08/2018

Montesquieu, ao dissertar sobre a forma de governo ideal defendeu os 3 poderes, legislativo, judiciário e executivo, como pilares independentes e necessários à qualquer nação. No Brasil, tal divisão foi implantada há anos, porém, problemas organizacionais ainda são bastante frequentes.        Em primeira análise cabe destacar a visão que a sociedade tem do que é ser funcionário público. Muitas vezes os funcionários públicos, responsáveis por gerir o Estado, são vistos como pessoas que "ganham muito e trabalham pouco". Tal visão não é de toda sorte errada,é a constatação de um estigma enraizado na sociedade, onde a população não é efetivamente consultada e informada sobre fatos relevantes de ordem pública. Visto que, até mesmo a proclamação da república foi um fato sem engajamento social, atendendo a interesses da classe dominante.        Ademas, cabe destacar que os indivíduos não são educados a pesquisar sobre o que está acontecendo nos órgãos públicos. Na educação básica os jovens aprendem apenas conteúdos de cunho obrigatório, são poucas as instituições de ensino que incentivam os alunos a pensarem de maneira crítica, permanecendo atualizados sobre as questões públicas. A prova disso é que, antes da lei da ficha limpa, diversos cargos públicos eram ocupados por candidatos com histórico de corrupção e favorecimento dos interesses privados.        Dessa forma, torna-se evidente a importância de reorganizar as bases da administração pública. Cabe ao Ministério do Desenvolvimento, em parceria com a mídia, formular campanhas que visem incentivar os cidadãos a pesquisarem assuntos em páginas governamentais, além de de criarem um site que contenha informações sobre a vida pública dos funcionários, estimulando o voto consciente. Outrossim, é necessário que as escolas, façam oficinas com o objetivo de discutir temas de alçada pública, visando incentivar a participação cidadã ativa.