Enviada em: 10/08/2018

Desde o governo de D.João VI, o Estado deixava de servir os desejos e necessidades da população em função de seus interesses particulares. Essa prática, ainda é perceptível na sociedade brasileira do século XXI, favorecendo problemas na gestão pública do Brasil. Perante a isso ,esse panorama suscita dois dilemas: a falta de justiça do Estado com a população e a negligência acadêmica governamental.       Percebe-se  a falta de investimento na justiça do Brasil  relacionada aos casos de decisão às punições a determinados grupos que praticam atitudes fora da lei do país geram uma angústia a muitos cidadãos brasileiros, em que estes optam em fazer justiça com os seus sentidos. Segundo o filósofo iluminista John Locke, se houver a fragmentação da confiança do Estado , ou se este não cumprir com as suas obrigações, o povo pode se rebelar. Nessa linha, a ineficiência da segurança pública e o atraso da justiça brasileira poderão ocasionar uma desarticulação de fidelidade ente o poder público e a sua sociedade.         Além disso, outro fator relevante é o descaso do governo frente ao problema. Segundo o sociólogo Charles Wright " muitos dos problemas pessoais devem ser entedidos em termos de questões públicas", citação essa que é pouco valorizada pelo poder público do Brasil, já que conforme a pesquisa feita pela Ipea estima-se que abaixo de 20% é investido no Estado de Bem-Estar Social. O governo em vez de garantir os direitos básicos, como a moradia, alimentação e saúde aos mais necessitados, opta em desviar o dinheiro público para o enriquecimento ilícito.      Nessa perspectiva, portanto, devem ser criadas medidas paliativas na melhora da gestão pública do Brasil. Para atenuar o problema, é preciso que o próprio Estado, junto  ao Ministério da Justiça, promovam decisões mais rápidas e coerentes na justiça brasileira, a fim de reconquistar a fidelidade com a população. Ademais, cabe ao Governo investir e  potencializar o Estado de Bem-Estar Social, por meio de programas sociais que viabilizem a população precária financeiramente a conseguirem os seus direitos básicos, como a moradia, alimentação e saúde qualificada.