Enviada em: 08/08/2018

A Constituição de 1988 indicou as bases fundamentais da mudança, ao propor uma gestão pública voltada para servir à coletividade, viabilizar os direitos sociais e prestar serviços compatíveis com as necessidades advindas da sociedade. Entretanto, essa administração pública vem encontrando entraves para sua efetiva execução como a cultura da corrupção e as falhas na efetividade das ações.   A principio, é necessário desconstruir a cultura da corrupção existente na sociedade brasileira. Na esfera pública há vários exemplos de corrupção como os anões do orçamento, o caso banestado, mensalão e o petrolão, esquema pelo o qual um cartel de construtoras fraudava contratos com a Petrobras. Vale frisar que os desvios éticos também estão esfera privada como a cola na prova e o suborno de autoridades. Dessa forma, ações corruptas estão cada vez mais presente na sociedade e são "justificadas" com o jeitinho brasileiro que favorece a postura de "se dar bem" a qualquer custo. Porém, é fundamental modificar essas ações pois não existe governo ético com povo corrupto e vice-versa.   Ademais, é importante corrigir as falhas na efetividade das ações públicas administrativas. Segundo Peter Drucker, considerado um dos pais da teoria da administração, a confusão entre efetividade e eficiência reside na distinção entre fazer as coisas certas e fazer as coisas da maneira correta. Certamente não há nada tão inútil como fazer com grande eficiência algo que nem sequer deveria ser feito. Assim, com base nessa ideia, a gestão pública, principalmente municipal, deve ser desenvolvida de acordo com as efetivas prerrogativas da sociedade, para isso é necessário estabelecer uma dinâmica cooperativa entre sociedade e estado.   Portanto, é fundamental propor medidas para combater os entraves da gestão pública no Brasil. Deixar o jeitinho brasileiro é o primeiro passo. Para isso, os pais devem dar bons exemplos como respeitar vagas de estacionamento para idosos e deficientes, não furar fila e não subornar autoridades. As atitudes cotidianas são a melhor forma de educação. O efeito disso é criar jovens que não se valham de desvios éticos para conseguirem o que querem e  assim existir ética tanto na sociedade como no governo.