Enviada em: 09/08/2018

Por muitos anos, por um reflexo da maneira em que ocorreu a colonização portuguesa e a exploração do Pau-Brasil, a mineração com sua concentração do ouro no Sudeste e a posterior industrialização, o Brasil investiu bastante capital no litoral, o que deu origem as atuais grandes cidades. Embora exista essa carga histórica que intensificou a hierarquização da população, a crescente ineficácia estatal e a falta de ética na administração financeira distanciam cada vez mais a obtenção de uma sociedade igualmente benéfica para os brasileiros. Logo, a má gestão pública é algo enraizado e que precisa ser coibido.   Um dos problemas é a falta de finalização de obras que são de grande relevância para aumentar a inclusão social nas regiões periféricas do país. Isso porque, devido a recente crise econômica e o intenso desvio de dinheiro que, segundo estudos divulgados pela Globo News, o Brasil se encontra entre os mais agravantes do mundo, diversas construções não se encerram dentro do prazo previsto. Dentre elas, a construção de creches, escolas e de transportes como o VLT e BRT, além da pavimentação de estradas que, em razão de suas péssimas condições, há um grave prejuízo nas safras de commodities, que se perdem no trânsito pelas rodovias. Assim, o deplorável planejamento impacta indiretamente todos os indivíduos, principalmente moradores de regiões mais abastadas, pois eles já tem escasso acesso a infraestrutura, que fica concentrada em centros urbanos.    Ademais, tal contexto enfatiza que o Estado não é autosuficiente para administrar o dinheiro público. Consequentemente, fortalece a desigualdade social e também o fato de não assegurar os direitos básicos dos cidadãos, cujo Governo tem como um dos seus papeis fundamentais. Tendo em vista sua disfuncionalidade, classifica-se como inepto, de acordo com filósofo John Locke e desse modo, a inexistência de um correto auxílio, também um obstáculo.    Portanto, é imprescindível a intervenção de setores estatais que possam ajudar a reduzir esse problema. Um eles é o Ministério do Planejamento, que teria a responsabilidade de escolher as empresas mais aptas e locais mais necessários para a realização dos específicos projetos solicitados. Soma-se a isso, o investimento em transparência na gestão, por meio do cadastro em sites na internet que disponibilizem para a população o modo como o dinheiro está sendo utilizado, sendo eles divulgados tanto pelo órgão anteriormente citado quanto pelo CONAR, através de campanhas em propagandas televisivas que conscientizem também, a importância do voto consciente em candidatos com ficha limpa. Com isso, aos poucos, a problemática será resolvida.