Enviada em: 11/08/2018

OS PERIGOS DAS "FAKE NEWS" NA ERA DA INFORMAÇÃO       Funcionando como a lei do movimento de Galileu Galilei, no qual afirma que a condição natural dos corpos é o movimento até que uma força suficiente atue sobre ele na mudança desse percurso, a disseminação das notícias falsas é um problema que persiste na sociedade brasileira há algum tempo. Com isso, ao invés de funcionar como a força suficiente capaz de mudar o percurso deste problema, da permanência para a extinção, a difusão acelerada da informação na internet, bem como os próprios veículos de comunicação midiática acabam por contribuir com a situação atual.        Em primeiro plano, devemos enfatizar que às notícias inventadas, também conhecidas como "FAKE NEWS", são potencializadas pelo poder instantâneo de propagação da internet. No tocante a isso, o escritor Antoine de Saint-Exupéry nos lembra que "a máquina não isola o homem dos grandes problemas da natureza, mas insere-o mais profundamente neles", ou seja, dessa forma, uma notícia que não merece crédito para ser divulgada acaba por chegar a qualquer lugar do mundo graças à velocidade e profundidade das informações na grande rede. Esse fato, acaba por contribuir para o agravamento da atual situação.      Ademais, a grande mídia, por ser um importante instrumento de difusão de notícias, deveria preocupar-se mais com a veracidade dos fatos. Nesse diapasão, o ministro da propaganda nazista Goebbels já falava que "uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade", assim sendo, os veículos midiáticos, principalmente em casos que envolvem interesses políticos, acabam por ajudando para que uma mentira seja aceita como verdade. Desse modo, fica realmente inviável à mudança de percurso, da permanência para a extinção.        Portanto, fica evidente, a necessidade de uma tomada de medidas que realizem a mudança deste percurso. Assim, seria interessante que a mídia promovesse no seu próprio meio, através de campanhas, fóruns de discussões e eventos, a necessidade da busca por um jornalismo imparcial e verdadeiro. Torna-se relevante também, através das mídias sociais (rádios, TVs e jornais), juntamente com as escolas e universidades, promoverem uma discussão social por meio de minicursos educativos, rodas de conversa e debates, para que a população tenha consciência do poder destrutivo de uma notícia falsa. Só assim, a sociedade funcionará como a força descrita por Galileu e mudará esse paradigma, da persistência para a extinção.