Enviada em: 19/04/2019

A falta de transparência e ética profissional de gestores públicos brasileiros tem impactado a qualidade de vida da população e distanciado, cada vez mais, a relação entre Estado e cidadão. A ocorrência de fraudes e o recebimento de propinas sobre licitações demonstra a má capacitação de gestores que deveriam preocupar-se em investir recursos públicos de modo eficiente em estratégias de benefício social.           Apesar da existência da Lei de Acesso à Informação nº 12.527, a qual permite que a população identifique investimentos financeiros nos setores da esfera pública, a informação divulgada pelo Estado ainda demonstra-se parcial. Essa parcialidade é justificada pela administração através da ideia de possível incompreensão de parte da sociedade sobre decisões gestoras, tornando a dificultar a comunicação entre ambos.       Paralelamente, o conhecimento social sobre casos de fraude e recebimento de propina adotados por profissionais da gestão pública agrava a relação com a população, que descrente de sua representação administrativa, torna-se ciente da falta de capacitação desses profissionais. De maneira antiética, o dinheiro público é convertido em interesses pessoais de gestores que facilitam licitações ineficientes e, por conseguinte, agravam  condições de importantes serviços públicos, atingindo negativamente a qualidade de vida da população.       De certo, para que exista maior transparência sobre dados públicos é necessária a aplicação mais efetiva da atual legislação, alcançando todos os poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário). Tal legislação, deve facilitar o alcance a informação, tornando as ações administrativas públicas tanto no meio impresso, quanto digital já que, por meio desses  é permitido  o desenvolvimento de uma política de transparência que estreite relações com o coletivo. Outrossim, é necessário que a sociedade reconheça a importância de informar-se a respeito das ações tomadas pela gestão pública, de modo que o interesse social a respeito dessa questão se desenvolva permitindo, ainda, que a população possa  fiscalizar decisões tomadas pela gestão, assim como comunicar suas necessidades, realizando um trabalho conjunto com o Estado.