Enviada em: 15/04/2019

É indubitável que, durante a República Velha, o Brasil presenciou uma gestão pautada nos interesses dominantes. Essa República fora então desvinculada e a democracia se implantou. No entanto, hodiernamente, percebe-se que a gestão pública apresenta medidas que deturpam o ideal de democracia, como a ausência de eficiência colaborativa populacional e a gerência baseada nos interesses dominantes. Dessa forma, torna-se indiscutível a necessidade de quebrar essa conjuntura.    A princípio, é evidente que a carência de políticas públicas que assegurem a participação da população em ações de gestão governamental implica na desordem social. Acerca disso, Habermas, filósofo alemão, destaca que a ação comunicativa é uma poderosa ferramenta para a participação democrática. Em contraposição a Habermas, nota-se que a gestão pública brasileira não efetiva a atuação da comunidade nas ações e decisões a serem tomadas –como a fiscalização de obras por meio de aplicativos e sugestões postas a serem analisadas. Assim, a ação comunicativa não é alcançada e há quebra no ideal democrático.     Ademais, o filósofo Weber ressalta que a burocracia em instituições deve agir de modo impessoal e imparcial, o que garante eficiência. Nessa lógica, a gestão pública vigente no Brasil vai de encontro ao ideal burocrata de Weber, dado que a gerência do país proporciona maiores benefícios às classes dominantes –tais como o próprio eixo governamental, através da corrupção e de políticas que não favorecem minorias sociais. Com base nisso, a parcialidade deturpa a eficiência na gestão.     Em suma, são necessárias medidas que proporcionem uma efetivação na gestão pública. Logo, cabe ao Ministério das Comunicações a atuação na mídia social e na atividade populacional, por meio da criação de um aplicativo gratuito –o qual servirá para o corpo cidadão demandar sugestões e avaliações da gestão-, a fim de que se alcance uma melhor participação da comunidade na gestão pública. Além disso, o Congresso Nacional deve criar leis que assegurem a atuação da gerência de modo imparcial, haja vista que assim a conjuntura atual será discrepante daquela da República Velha.