Enviada em: 26/04/2018

A gravidez na adolescência, fase na qual a menina mais precisa de orientação, é um infortúnio que assola o Brasil há muitos anos, pois o país detém um dos maiores índices da América do Sul de gravidez entre os jovens, fato no qual, preocupa a Organização das Nações Unidas, esses altos índices foram impulsionados, pela falta de informação adequada e eficaz, e a falta do apoio governamental. O sociólogo Pierre Bourdieu, defendia a teoria que a sociedade incorpora as estruturas sociais, que são impostas á sua realidade, a atual conjuntura brasileira é, as jovens mães de hoje, são filhas das jovens mães do passado, a teoria do Habitus defendida por Pierre é provada a cada momento, jovens mães, lindando com uma gestação solo, pois na maioria das vezes, os pais não assumem, sem informação sobre meios contraceptivos e doenças sexualmente transmissíveis, informação na qual deveria vir primeiramente da família, porém a família brasileira não tem costume de abordar temais relacionados ao sexo em casa, a escola torna-se responsável por orientar essas jovens, e ás vezes não consegue. No entanto, o que é ruim, fica pior ainda, nas regiões norte e nordeste do Brasil, os índices são maiores, pois é onde concentra-se a menor distribuição de renda do país, uma população miserável gerando filhos sem nenhuma perspectiva de vida, sem apoio social, sem programas de prevenção e acolhimento a essas mães. Nos últimos anos o Brasil, teve um surto de microcefalia, e as mães adolescentes foram as vítimas esquecidas desse surto, pois estavam gerando um filho não planejado e que dependia de necessidades e auxílios especiais. Medidas devem ser tomadas; a educação é a chave para essa prevenção, o governo trabalhando em conjunto com a família, escola e comunidade, oferecendo oficinas, palestras, seminários, distribuindo contraceptivos e campanhas nas mídias, teria em suas mãos um ótimo meio para frear esses índices, que só crescem.