Enviada em: 02/05/2018

No filme norte-americano "Juno", uma adolescente de dezesseis anos engravida e com algumas dificuldades consegue o apoio familiar. No entanto, fora das telas, tal realidade não acompanha os altos índices do Brasil em jovens mães, segundo a Organização Mundial da Saúde, uma vez que, os empecilhos encontrados por elas, como o julgamento social e o obstáculo de conciliar uma vida acadêmica e os cuidados com a criança causam estagnação pessoal e dependência financeira.       Assim, com o nascimento de um bebê e também por causa da gestação, a jovem começa a se ausentar das aulas, e por conseguinte, o aprendizado se torna segundo plano, porque não há mais tempo para os estudos e, dessa forma, ela passa a realizar atividades escolares esporádicas para conseguir nota e ser aprovada, ou muitas vezes, desiste de finalizar os anos de ensino, pois, de acordo com o G1, 75% das mães adolescentes estão fora da escola.       Sob esse viés, e sem a oportunidade de entrar em um ensino superior qualificado e conseguir um emprego que pague bem, a jovem se vê com uma criança para criar, dependente dos pais. E vale ressaltar, que muitas vezes, a família não compreende a menina e a expulsa de casa, o que agrava ainda mais a situação, de modo que, ela entre em um mundo de crime ou viverá em situações precárias.       Portanto, como aconteceu em "Juno", a família deve procurar ser sempre o pilar da adolescente em tal situação. Logo, é necessário um trabalho mais específico de Organizações Não Governamentais, com oficinas e palestras de modo a instruir pais e familiares a lidar com uma gravidez precoce em âmbito familiar. E em conjunto com o Ministério da Educação, ampliar programas de educação a distância de forma a incluir tais moças, auxiliando-as a melhorar a vida e também a da criança.