Enviada em: 07/05/2018

Evasão escolar. Preconceito. Quebra de perspectivas de ascensão social. Esses são alguns dos inúmeros problemas que uma gravidez precoce gera na vida de um adolescente. Com isso, torna-se necessário discutir a questão, tendo em vista não só, a sexualização precoce pela influência midiática, como também, a ausência de diálogo familiar acerca do sexo e prevenção da gravidez.    Em primeiro lugar, é importante salientar que uma das causas da gravidez na adolescência é a sexualização precoce incitada pela mídia. Em meios televisivos, como forma de atrair telespectadores, a sexualidade é provocada em novelas e filmes em horários nobres. A falta de controle dos pais sobre o que seus filhos assistem associado ao descaso em relação à classificação indicativa, faz com que esses jovens tenham uma visão errônea em relação ao sexo e suas consequências. Além disso, alguns ritmos musicais como o "funk" e "sertanejo", são repletos de erotismo e se tornam virais, banalizando o sexo e propiciando à jovens sem informação, vida sexual ativa precoce e consequente gravidez indesejada.       Ademais, segundo o portal de notícias G1, 28% dos jovens entre 13 e 15 anos são sexualmente ativos. Apesar de ser uma realidade entre os adolescentes, é notório que o sexo sempre foi um tabu na família tradicional brasileira. Muitas vezes, por medo de estimular a sexualidade de seus filhos, os pais evitam orientar e ensinar métodos de planejamento familiar, contribuindo dessa forma para o aumento dos casos de gravidez precoce.    Diante desse contexto, torna-se necessário a adoção de medidas preventivas para evitar a maternidade precoce. O Ministério da Educação pode implementar no Plano Curricular das escolas, disciplinas sobre a prevenção no ato sexual e planejamento familiar, evitando a gravidez indesejada. Além disso, cabe aos pais orientar seus filhos acerca do sexo seguro e fornecer valores contra a banalização do sexo, desse modo, tornando nossa sociedade mais moralizada.