Enviada em: 09/05/2018

O alto índice da taxa de fecundidade na adolescência vem sendo de grande preocupação no Brasil. Além disso, a sociedade machista, infelizmente, culpa somente a mulher pela gravidez antecipada, o que pode trazer prejuízos psicológicos para a menina. Assim sendo, o país enfrenta o desafio de diminuir o número de adolescentes grávidas.       Primeiramente, o patriarcalismo sempre foi muito presente no Brasil, o qual a mulher servia como objeto sexual e para procriação e, por isso, vários casamentos forçados ocorreram, inclusive entre jovens. Assim sendo, proliferou-se a ideia de que mulher tem que servir ao homem quando ele quiser e, dessa forma, muitos adolescentes acabam convencendo a menina a ter relação sexual sem o uso de preservativo, resultando em uma gravidez indesejada. Dessa forma, o Brasil ganha a segunda posição nas altas taxas de fecundidade na adolescência, perdendo somente para a Venezuela, segundo pesquisas de 2010 a 2015 da Organização Mundial da Saúde.        Ainda nessa visão, Emille Durkheim dividiu a sociedade em orgânica e mecânica, sendo que a primeira preza pelas tradições e quando a mesma é quebrada ocorre uma anomalia social, ou seja, a adolescente grávida é considerada uma “falha social” perante a sociedade . Com isso, muitas jovens não tem apoio familiar e sofrem elevada pressão social, enquanto quem realmente cometeu o erro ao não querer usar preservativo é esquecido pela sociedade, não é julgado e muitos ainda são irresponsáveis o bastante para abandonar a criança com a mãe, provando o quão machista a população ainda é. Com isso, a adolescente tende abandonar a escola e a ter problemas psicológicos, como depressão, podendo levar até a um possível aborto.       Em suma, o número de gravide na adolescência no país ainda é grande e resultado de um machismo enraizado socialmente. Assim sendo, a Organização Mundial da Saúde junto ao MEC devem organizar palestras sobre educação sexual nas escolas ministradas por e agentes de saúde e psicólogos para todos os adolescentes, com o intuito de informar e ensinar o adolescente sobre a importância do uso de preservativos para que o número de grávidas nessa idade diminua, pois como disse Imanuel Kant: o homem é aquilo que a educação faz dele. Além disso, o MEC junto ao governo federal devem construir berçários com cuidadoras, para que as mães adolescentes possam estudar, além de a escolar oferecer apoio psicológico as meninas, diminuindo o índice de depressão.