Enviada em: 20/05/2018

De acordo com o Ministério da Saúde a taxa de adolescentes grávidas no Brasil caiu 17% entre 2004 e 2015, contudo o número continua expressivo, desencadeando impasses sociais e de saúde pública. No que tange a continuidade dessa problemática vê-se que o uso inadequado de métodos contraceptivos e o tabu intrínseco ao assunto tornem-no evidente e presente no âmbito social.     Em primeiro plano, o uso inadequado de métodos contraceptivos é um fator que pode projetar uma gravidez precoce. Evidentemente que, hodiernamente, há uma maior difusão de tais meios, com a distribuição gratuita em postos de saúde, por exemplo. Ainda assim, jovens inexperientes iniciam a vida sexual cedo, utilizando-os de forma errônea e ficando vulneráveis a uma possível gravidez e a contração de Doenças Sexualmente Transmissíveis.       Outro ponto que influi para esse cenário é o tabu social acerca do tema, dificultando que haja um diálogo, principalmente, entre familiares e adolescentes. De acordo com o pensamento Durkheimiano, o ser é aquilo que a sociedade faz dele, nesse sentido, o grupo social que aborda sexualidade como tabu, consequentemente, terá jovens vulneráveis no que diz respeito às consequências de uma gravidez precipitada.      Portanto, medidas fazem-se necessárias para a resolução da questão da gravidez na adolescência em evidência no Brasil. Os ministérios da Saúde e da Educação podem ministrar palestras, discussões, rodas de conversa nas escolas com a participação dos jovens e de especialistas em educação sexual para conscientiza-los no que se refere ao uso de métodos contraceptivos de forma correta e eficaz. Podendo contar também com a participação familiar, para que através desse diálogo outros sejam fomentados e o tabu social arcaico desconstruído.