Enviada em: 13/05/2018

A maternidade precoce ocorre, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, em meninas que engravidam entre os 10 e os 19 anos de idade. Assim, os desafios enfrentados por essas adolescentes saem do campo imagético e atingem esferas psicológicas e sociais. A gravidez na adolescência, entre outros fatores, está intimamente ligada à falta de comunicação familiar e ao desconhecimento dos inúmeros métodos contraceptivos.     Primeiramente, a falta de diálogo dos pais com os filhos sobre assuntos da sexualidade e de prevenção à gravidez demonstra o quanto esses jovens estão imersos em ambientes repletos de tabu social e despreparo mental. A ausência de comunicação intrafamiliar faz desses adolescentes a faixa etária mais vulnerável à gravidez precoce, haja vista que estão suscetíveis aos dilemas e curiosidades da adolescência e não encontram nos pais confiança e segurança para partilhar esses momentos.      Somado aos fatores familiares, há também o desconhecimento sobre o uso dos contraceptivos. Os moradores de bairros mais carentes ou de regiões mais afastadas do centro urbano possuem maiores dificuldades no que tange o acesso à informação, logo, encontram resistência em adquirir preservativos gratuitos, disponibilizados pelo Governo, ou pílulas anticoncepcionais, por desconhecerem posologia e eficácia.     Contudo, é preciso reverter esse cenário para que as meninas dos 10 aos 19 anos não se tornem mães. Então, as escolas devem realizar palestras para os pais com orientações sobre maneiras de abordar sexualidade e gravidez na adolescência, com vistas a facilitar a comunicação familiar. Ademais, cabe ao Ministério da Saúde, por meio dos recursos midiáticos televisivos, divulgar de forma plena acerca dos métodos contraceptivos, a fim de que todas as microrregiões brasileiras sejam contempladas não só pela disponibilidade de preservativos gratuitos, mas também pela informação da existência e dos locais onde esses são distribuídos.