Enviada em: 14/05/2018

Estudos publicados pelo Ministério da Saúde em 2017 apontam queda de 17% no número de partos na adolescência. Entretanto, o índice ainda é alarmante e caracteriza, além de enormes riscos à saúde das jovens gestantes, um problema social. Nessa perspectiva, faz-se necessário pontuar os principais fatores que resultam no alto número de casos brasileiros de gravidez precoce.           Em primeira instância, convém destacar que o rejuvenescimento da fecundidade apresenta grande intensificação desde a década de 90. No entanto, o aumento não foi uniforme nas camadas sócio-econômicas, acentuando-se, indubitavelmente, entre pessoas menos escolarizadas e desfavorecidas. Inclusive, pesquisas da (USP) de 2017 comprovam que há até mesmo casos planejados de gravidez na juventude entre adolescentes desse grupo social. Sendo assim, a ocorrência da gestação precoce e o fenômeno de disparidade social auxiliam-se, expressivamente, de forma mútua.        Ademais, as condições financeiras da gestante, bem como o local onde reside, além de influenciarem no processo de fecundação juvenil, caracterizam-se também como fatores agravantes deste problema social, causando evasão escolar e eclosão da pobreza no país. Pois, conforme publicado pelo portal (G1) em 2017, 76% das mães que possuem entre 14 e 19 anos de idade abandonam os estudos após a concepção. Ou seja, as chances de haver a ascensão social dos jovens que enfrentam a gravidez são, consideravelmente, reduzidas.           Em suma, medidas públicas são necessárias para alterar o cenário atual. É fundamental, portanto, a criação de campanhas nacionais, através de parceria entre o Ministério da Saúde e o (SUS), visando à elucidação das massas quanto a questão da gravidez na adolescência. Dar-se-á por meio de palestras e intervenções de profissionais da saúde, que incentivem o debate familiar e a adoção de novos hábitos frente à adoção de métodos contraceptivos. Outrossim, a veiculação de tais medidas na televisão e na internet é indispensável para maior alcance de pessoas. Desse modo, o índice preocupante de casos de gravidez na juventude reduzirá expressivamente.