Enviada em: 08/05/2018

A gravidez é um dos acontecimentos mais importantes e esperados na vida de uma mulher. Entretanto, quando ocorre na adolescência, pode causar prejuízos tanto para a saúde da mãe quanto do filho. A falta de informações sobre as formas de previnir a gravidez e a dificuldade no acesso aos métodos contraceptivos são algumas das causas desse evento precoce e indesejado.       Nos dias de hoje, com o amplo acesso à internet e às redes sociais, os jovens entram em contato com o mundo do sexo cada vez mais cedo. É praticamente impossível que os pais impeçam seus filhos de ter experiências sexuais antes do tempo ideal. Alguns acreditam que a proibição resolve o problema. Outros preferem ser mais liberais e imaginam que a liberdade por si só é suficiente para fazer com que o jovem seja mais responsável e faça sexo com proteção. Em ambos os casos falta o que mais importa: o diálogo entre pais e filhos. Os conservadores consideram o assunto um tabú e os liberais pensam que tocar no assunto compromete a relação de confiança estabelecida.        A falta de diálogo com os pais poderia ser amenizada por uma boa educação sexual na escola. Porém, muitos colégios sequer possuem essa disciplina e, quando ela existe, geralmente aborda somente temas relativos às doenças sexualmente transmissíveis, pois os centros de ensino têm receio de estimular o sexo entre os jovens ao aborar o assunto.       Além do problema da falta de informação, muitos jovens, principalmente os mais pobres, não têm acesso aos métodos contraceptivos. Como eles não possuem dinheiro para adquirir esses meios de previnição da gravidez e o governo não os disponibiliza, muitas garotas acabem engravidando precocemente.       Uma solução para o problema é a criação de um programa de prevenção da gravidez na adolescência focado em palestras e seminários, tanto para os pais quanto para os filhos, que abordem os problemas da gestação precoce e que estimulem o diálogo familiar sobre o assunto. Também é preciso fomentar o debate entre profissionais da área e educadores e elaborar uma cartilha nacional que aponte as melhores formas de abordar o tema nas escolas. Por fim, é necessário  fazer uma campanha para orientar os jovens sobre os principais métodos contraceptivos e disponibilizá-los em larga escala.