Enviada em: 08/05/2018

Gravidez na adolescência: ensinar a prevenir é o caminho?       A maternidade precoce tem sido apontada como algo frequente e de extrema preocupação social, uma vez que a mulher não apresenta condições anatômicas e fisiológicas plenas necessárias para gerar um filho. Cabe frisar que para essas jovens, a gravidez - na maioria das vezes - indesejada, representa o afastamento escolar e do mercado de trabalho, além da possibilidade de ter complicações de saúde relacionadas à gestação ou ao parto. Nesse contexto, de que maneira o país deve agir para minimizar essa problemática?       No tocante aos dados estatísticos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que a incidência de gravidezes em jovens entre 15 e 19 anos é alarmante. Desde 1980, o quantitativo de casos aumentou 15%, de tal forma que cerca de 700 mil meninas se tornam mães a cada ano no Brasil. Vale ressaltar que esse fenômeno não é tipicamente brasileiro, ocorre também em países desenvolvidos, a exemplo do Japão e Estados Unidos. Porém, se intensifica em países cujo índice de desigualdade social e pobreza são maiores, como é o caso de países em desenvolvimento.       Diante de tal situação, os brasileiros enfrentam um grave problema de saúde pública, que deve ser encarado como prioridade governamental. Dentre as razões pelas quais as adolescentes engravidam, duas se destacam: o não uso de métodos contraceptivos e a abordagem ineficiente sobre educação sexual nos lares e na escola. No que tange ao não uso de preservativos, outro fator inerente é o avanço das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), como é o caso da Aids e Sífilis, o que demonstra o quanto é imprescindível investir em ostensiva orientação aos mais jovens.       Portanto, cabe ao Estado através da parceria do Ministério da Educação e Ministério da Saúde, adotar medidas enérgicas e efetivas no campo da prevenção, com ações pontuais e frequentes nas escolas e unidades de saúde que abordem educação sexual; planejamento familiar; conscientização sobre o uso de método contraceptivos; e de forma geral buscar a melhoria e ampliação dos programas já existentes. A família deve estar inserida nesse contexto, criando uma rede de apoio - pais ou responsáveis legais, professores e profissionais de saúde - com a finalidade de promover uma redução nos índices de gravidez precoce no Brasil.