Enviada em: 09/05/2018

Stuart Mill, filósofo britânico, expôs sua máxima que dizia "Sobre seu próprio corpo e mente o indivíduo é soberano". Porém, contrariando a sofisticação de um discurso verídico que em tese asseguraria essa afirmativa, o panorama da gravidez na adolescência no Brasil, se mostra extremamente desestabilizado, o que se deve a um ambiente escolar frequentemente neutro e negligência sexual familiar.          Quando o sociólogo Pierre Bourdieu afirma o funcionamento da instituição escolar como resultado da pauta de uma classe dominante, ratifica os obstáculos em que são submetidos adolescentes em um processo em que não são inclusos. Desde a falta de profissionais capacitados até um material didático desprovido de conteúdo adequado para que seja trabalhada a educação sexual, a neutralidade para discorrer o assunto em sala de aula, dificulta a absorção de conteúdo do aluno, e assim o índice de adolescentes propensas a engravidar tende a progredir.          Além dessa problemática,  os adultos possuem suas parcelas de culpa no aumento da gravidez adolescente. De fato, é de suma responsabilidade dos pais, discutirem sobre sexualidade com os filhos. Entretanto, existe uma resistência muito enraizada entrem os adultos para articular sobre o problema com os adolescentes, o que corrobora para que o índice de gravidez na juventude brasileira se eleve. Isso porque a imparcialidade com que é tratado o conteúdo entre a família, se contrapõe a uma sociedade que indus ao jovem a se enquadrar nos padrões sexuais impostos pela comunidade em que vive. Dessa forma, sem referência, o indivíduo se torna vulnerável as consequências de seus atos sexuais errôneos.       Nota-se, portanto, que a situação é preocupante e requer mudanças no campo educacional e familiar. Para isso, é necessário que o poder Legislativo mais o Ministério da Educação incorpore ao sistema escolar programas de cunho social voltados à educação sexual na adolescência, por meio de assembleias estudantis juntamente ao auxílio de profissionais capacitados responsáveis por assegurar que cheguem aos alunos conhecimentos necessários capazes de instruí-los quanto as consequências oriundas das práticas sexuais sem preservativos. Somente dessa forma, o jovem será capaz de fazer suas próprias escolhas, provenientes da educação que lhe foi fornecida.