Enviada em: 28/06/2018

Gerir sonhos profissionais       O perfil socioeconômico das adolescentes que engravidam no país é precário: habitante da periferia, atraso escolar devido às reprovações e pouco abastada financeiramente. Tal conjuntura limita a jovem em relação ao futuro e, desse modo, a gravidez acaba por ser um caminho natural, uma vez que essa menina tem ao seu redor esse quadro de gestação precoce. Assim, o empoderamento feminino deve ser o primeiro comportamento incentivado na sociedade para garantir a ruptura do padrão da prenhez na puberdade.      A Organização Pan-Americana da Saúde, primeiramente, identificou a média de 68,4 de gestantes em 1000 adolescentes entre 15 e 19 anos no período de 2010 e 2015, embora alarmante, o fato é que ocorreu uma singela diminuição quando comparado ao dado de 2005 a 2010, essa informação deve ser estudada para identificar o caminho para alcançar resultados ainda mais satisfatórios. Um dos caminhos possíveis para o aumento do empoderamento feminino é o incentivo às formações regular e técnico para jovens na periferia, já que meninas que alcançam maior nível de instrução tendem a engravidar mais tardiamente.       Além disso, as bolsas assistenciais que o governo brasileiro concede para os menos abastados propicia melhores condições para os familiares responsáveis no que se refere ao cuidado e reduz a possibilidade de subemprego e aumenta a perspectiva de uma vida diferente. Dessa maneira, as jovens não são submetidas aos riscos de uma infância e adolescência baseadas no encargo de assistir os parentes mais novos. Diante desse novo panorama, meninas podem reverter a ordem natural imposta pela sociedade patriarcal por décadas no país que é ser a mãe antecipadamente e cuidadora dos irmãos menores para que a matriarca possa trabalhar.       Logo, colocar em evidência a gravidez na adolescência é discutir a gestação precoce e possibilitar mudanças na conjuntura brasileira. Tais modificações passam por uma formação voltada para o mercado de trabalho e não apenas para reduzir o analfabetismo, que deve ser feito pelo Ministério da Educação com incentivo de toda a sociedade. Por se tratar de um dilema de saúde pública, devem ocorrer palestras motivacionais mensais nas escolas da periferia, com o objetivo de formar mulheres capacitadas a empenhadas a conseguirem se destacar no setor profissional. Ademais, o Ministério da Educação deve garantir que programas sociais, como as bolsas, aconteçam de maneira permanente e mais abrangente, para que reduza o subemprego e que mais meninas possam ser somente responsáveis por sua formação durante a adolescência.