Enviada em: 13/05/2018

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil, a taxa de gravidez na adolescência supera a média latino americana. No entanto, o sexo ainda é tratado como ''tabu'' nas famílias e as escolas por sua vez contribuem para que jovens iniciem sua vida sexual prematuramente e sem orientação adequada para a prevenção. Logo, é essencial que instituições de ensino e famílias cooperem para mitigar a problemática.          Deve-se pontuar, de início, que que a carência do diálogo entre pais e filhos colaboram para o aumento da gravidez na puberdade. Conforme o sociólogo Talcott Parsons em sua abordagem funcionalista explica que a família é a máquina de socialização primária da criança e do adolescente. Nesse sentido, é evidente que a grande dificuldade que as famílias têm hoje para orientar seus filhos, rompe com a harmonia de socialização original do indivíduo, visto que, a ausência de conversação por parte dos responsáveis dificulta o entendimento por parte dos filhos. Assim, é evidente que o ambiente familiar adjunto aos adolescentes colaborem para desconstruir a ausência da conversação entre pais e filhos.    Vale ressaltar, também,a falta de informações sobre métodos contraceptivos no ginásio agravam a problemática. Segundo Immanuel Kant, o aperfeiçoamento da humanidade não pode ser obtido sem a educação. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, as instituições de ensino enfatizam a questão das doenças transmissíveis e negligenciam a educação sexual nas escolas e a prevenção da gravidez precoce, uma vez que, no último ano do ensino médio, 50% dos adolescentes já se tornaram sexualmente ativos. Lê-se, pois, ser necessário o apoio das instituições de ensino para a formação e o bem-estar do adolescente, com o intuito de mitigar o número de casos de gravidez na juventude.     É evidente, portanto, que é por meio da educação juntamente a família que a gravidez precoce será combatida, por isso, cabe ao MEC promover palestras com especialistas sobre sexualidade juvenil por meio de dados estatísticos e depoimentos de pessoas já envolvidas com o tema, a fim de conscientizar os jovens sobre o assunto e consequentemente os riscos. É imprescindível, também, que as famílias  dediquem-se a socialização primária do indivíduo desde cedo e estimulem mais a conversação com os filhos, além de participar de conselhos educativos, com o propósito de contribuir para a redução da taxa de gravidez na adolescência e conscientização dos jovens no Brasil.