Enviada em: 13/05/2018

A adolescência é um período de diversas descobertas no qual o individuo está na fase de transição entre a infância e a vida adulta. Diante disso, é comum que as transformações corporais despertem nesse grupo a vontade de iniciarem as relações sexuais. No entanto, apesar das informações serem bastante acessíveis nos dias de hoje, os índices de gravidez na idade infanto-juvenil são altos. Consoante, aspectos socioeconômicos aliados a fatores biológicos contribuem para que essas púberes sejam mães precocemente.          É notório que ser progenitora vai muito além de simplesmente dar à luz. Nesse aspecto, os cuidados necessários são de ordem econômica e afetiva. Mediante a isso, para uma jovem, é difícil lidar com questões financeiras envolvendo a maternidade, visto que a maioria não possui uma ocupação remunerada. Além do mais, é possível observar que a situação é agravada quando a moça provém de uma família na qual o acesso a informação é limitado, ocasionando a procura tardia pelos procedimentos de pré-natal.            Não obstante o mundo globalizado proporcionar que as informações cheguem a mais indivíduos, ainda é comum que as relações sexuais aconteçam sem preservativos. Nessa perspectiva, não só a falta de diálogos entre pais e filhos tem resultado a incidência preocupante de progenitoras precoces, mas também a menarca ocorrendo cada vez mais prematuramente. Vale ressaltar, que este fato não significa que elas estão prontas para passar por um período de gestação e pode ocasionar a morte da criança e da gestante.           É certo que a gravidez na adolescência é de risco. Embora tenham um corpo mais jovem, é recorrente o desenvolvimento da hipertensão - doença comum entre as grávidas. Essa doença pode ser resultado da má alimentação, sedentarismo ou da dificuldade de adaptação do organismo da mulher ao período gestacional. Outrossim, a anemia também é um problema durante essa fase. Similarmente à hipertensão, ela tem suas causas no desequilíbrio alimentar da mulher, e pode colocar em risco a vida do feto e da mãe.              Diante do exposto, faz- se necessária a prevenção das progenitoras precoces. Portanto, cabe aos entes familiares o estabelecimento de diálogos com os adolescentes, para que estes tenham suas dúvidas sanadas e sejam orientados corretamente a como evitar a gravidez. Ademais, as escolas poderiam criar grupos compostos por jovens, professores e profissionais da saúde para debater sobre as consequências a curto e longo prazo de uma gestação em idades inadequadas. Assim, será possivel formar cidadãos mais esclarecidos sobre o tema e suas implicações.