Enviada em: 09/04/2018

A gravidez na adolescência é atualmente um dos mais significantes problemas sociais em todo o mundo. No Brasil, dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) mostram que a maioria das mães solteiras é do interior do Nordeste e tem entre 10 e 14 anos. Isso se evidencia não só pela ausência dos pais no cotidiano dos filhos, mas pela ausência de investimentos governo.                                          Em primeiro lugar, é importante destacar que o Brasil tem 68,4 bebês nascidos de mães adolescentes a cada mil meninas de 15 a 19 anos, diz relatório da Organização Mundial da Saúde. O índice brasileiro está acima da média latino-americana, estimada em 65,5. No mundo, a média é de 46 nascimentos a cada mil. `Partindo dessa verdade, o então direito assegurado pela Constituição e reafirmado pela Secretaria dos Direitos Humanos é amputado e o abismo entre oprimidos e opressores torna-se, portanto, maior.       Nesse contexto, de acordo com o político e ativista social Nelson Mandela, a educação é a maior arma que se pode usar para mudar o mundo. Tomando como ideia suprema do autor, para combater os índices alarmantes de gravidez na adolecência são necessários alternativas concretas que tenham como protagonistas a triade: Estado, escola e família. Infelizmente, os recursos do governo federal não são suficentes para suprir a demanda na educação e concientização de jovens e adultos.      Para romper esse ciclo e assegurar que adolescentes e jovens alcancem seu pleno potencial, é preciso: Investir em políticas, programas e ações que promovam os direitos, a autonomia e o empoderamento de adolescentes e jovens, em especial meninas, em relação ao exercício de sua sexualidade e de sua vida reprodutiva, para que possam tomar decisões voluntárias, sem coerção e sem discriminação.