Enviada em: 12/04/2018

A puberdade chegou e vem carregada de novos desejos, sentimentos, rebeldias e angústias, esses fatores intensificam-se ao ver o teste positivo de uma gravidez adolescente. Contexto potencializador de agravos tanto na saúde das meninas quanto no aumento da vulnerabilidade sofrida em sociedade. Por esse motivo, ações em curso devem amenizar o impasse.      Segundo a Organização Mundial da Saúde, no Brasil, de cada mil adolescentes, 68,4% engravidaram. Dado preocupante, tratando-se da saúde dessas gestações, uma vez que a falta de estrutura na saúde pública em acompanhar mês a mês a gestante, o vínculo quebrado com as famílias e os olhares diferentes nas escolas, contribuem para agravos na gestação. Amarrado à situação, o desenvolvimento psicossocial das meninas é abalado pela falta de acolhimento, diálogo, além do precário atendimento hospitalar.          Somado a isso, em processo de luta pela igualdade, diversas mulheres conquistaram espaços e diminuíram a taxa de natalidade usando anticoncepcionais. No entanto, esse suporte não atingiu a todos, haja vista a população jovem vulnerável em um ambiente pouco incentivador, que dão margem a procura de algo satisfatório. Tal busca, muitas vezes, resulta em sexo desprotegido e em seguida, a gravidez. Contexto que altera a vida estudantil das jovens e promove maior exclusão delas em sociedade.         Tratar a discussão da  gravidez para diminui-lá portanto, é indubitável. Um conjunto de palestras ministradas por médicos, psicólogos e professores da rede pública, a fim de que sejam informados aos pais o poder de orientar os filhos desde cedo. Além disso, a cargo do Ministério da Saúde, fica a obrigação de disponibilizar métodos contraceptivos gratuitos, por meio de campanhas, proporcionando consultas ginecológicas às adolescentes, para que se previnam antes do ato sexual ocorrer. Só assim, será composta a eficácia do tratamento dessas gestações.