Enviada em: 09/05/2018

A adolescência, período entre 10  e 19 anos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é uma época de novas descobertas e escolhas, como a gravidez. Não obstante, essa opção, sem uma preparação prévia pode resultar em problemas de saúde pública e socioeconômica no Brasil. Logo, medidas são necessária para mitigar esses efeitos, como o combate à desigualdade social.     Há quem diga que a alta taxa de fecundidade na adolescência é fruto da falta de informação sobre métodos contraceptivos. Entretanto, embora não seja totalmente errado, não se pode atribuir a gestação precoce somente a esse fator. No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 40% dos recursos nacionais está concentrado nas mãos de 10% da população. Logo,  diante dessa disparidade,  diversos jovens enxergam a gravidez como uma forma de realização pessoal, já que a ascensão social e econômica é, praticamente, uma utopia, como é registrado no documentário "Meninas" dirigido por Sandra Werneck.       Outrossim, a gravidez precoce representa um problema de saúde pública, pois um mau pré-natal pode resultar em complicações sérias durante a gestação, como prematuridade do bebê, anemia, aborto natural e depressão pós-parto, segundo o Ministério da Saúde. Ademais, muitos jovens, diante desse fenômeno, abandonam os estudos, e, consequentemente, encontram maior dificuldade para se inserirem no mercado no trabalho, o que afeta de forma negativa a economia.        Torna-se evidente, diante dos argumentos supracitados, que intervenções são necessárias para a resolução dessa problemática. Logo, cabe ao Ministério da Economia, concomitantemente com o Ministério da Educação promover projetos socioeducativos, com o programa "jovem aprendiz", que qualifique profissionalmente o adolescente, diminuindo, desse modo, a desigualdade social e aumentando a possibilidade de ascensão social e econômica, o que acarretará na diminuição de gestação na adolescência  como forma de realização pessoal.