Enviada em: 16/04/2018

Segundo Sartre, filósofo francês, "o ser humano é livre e responsável, cabe a ele escolher seu modo de agir". Talvez hoje ele percebesse acertada sua decisão: a postura de muitas adolescentes frente a gravidez é uma das faces mais presentes no Brasil atualmente. Com isso, surge a problemática dos impactos gerados pela gravidez, seja pela falta de investimentos nas políticas públicas educacionais, seja pela mudança de mentalidade social.         É indubitável que já existem, no Brasil medidas que garantem uma vida íntegra as adolescentes grávidas. Pode-se mencionar, como por exemplo, a Constituição Federativa do Brasil, cujo objetivo é garantir a todo e qualquer cidadão, independente de gênero, cor, raça, sexo e etnia, viver de forma digna - o que evidencia efetividade aos direitos fundamentais. Isso, de certa forma, demonstra que o Estado intenta garantir o que é constitucional.         Contudo, apenas a Constituição não é o suficiente para a construção de uma sociedade estruturada por fases, pois o que se observa em todas as camadas sociais da nação é , aborto,  um alto índice de meninas grávidas precocemente, muitas vezes gerado pela falta de conhecimento dos métodos contraceptivos, a dificuldade de acesso a esses métodos e até, a ingenuidade. Conforme estudos, no Brasil a taxa de gravidez na adolescência é estimada em 68,4% a cada 1 mil nascimentos, consequência da ausência de informações sobre a prevenção de gravidez. A verdade é que, devido ao baixo nível educacional oferecido principalmente em nações em desenvolvimento, boa parte da sociedade ainda não é capaz de discernir que "o ser humano é aquilo que a educação faz dele", visão propagada pelo filósofo prussiano Immanuel Kant.         De acordo com a Lei da Inércia, "um corpo tende a permanecer em repouso até que uma força atue sobre ele", diz o cientista Isaac Newton. Desse modo, há necessidade de investimentos voltados a educação - o que já é assegurado por lei. Portanto, é plausível que haja - por parte do Ministério da Saúde desenvolver campanhas preventivas, visando alcançar o público jovem, para alertar sobre as práticas sexuais. Ainda cabe á escola criar palestras, a fim de oferecer informações sobre como se prevenir da gravidez na adolescência, além de adotar a disciplina de formação cidadã a grade curricular do ensino básico. Ademias, a sociedade deve se mobilizar em redes sociais, com o intuito de conscientizar os jovens sobre os males da gravidez precoce. Assim, pode-se-á transformar o Brasil em um país desenvolvido socialmente, e criar um legado de que Sartre possa se orgulhar.