Enviada em: 06/06/2017

No limiar do século XXI, a homofobia é um dos principais problemas que o Brasil foi convidado a administrar, combater e resolver. Por um lado, o país respeita os diretos humanos dos homossexuais. Por outros, as minorias que se distanciam do convencional se afundam em abismos cada vez mais profundos, cavados diariamente por opressores intolerantes.   Contemporâneo dos movimentos sociais, o filosofo Jean-paul Sarte afirmou que a violência, independente de como se manifesta, é sempre uma derrota. Segundo o Grupo Gay da Bahia (GGB), estima-se que a cada 28 horas um LGBT ( Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), morre de forma violenta no país. Esse dado evidencia a baixa eficiência dos mecanismos de auxílio aos direitos humanos, tais como a polícia civil e o disque 100. Ademais, homofobia não é considerada crime, e por isso casos de violência contra homossexuais recebem menos atenção da polícia.  Contudo, muitos problemas dificultam a resolução da questão. É importante ressaltar o ponto de vista da psicanálise que afirma que um ataque homofóbico é , na maioria das vezes,  um choque entre dois gays, o que vive e aceita e o que tem medo e não aceita  sua sexualidade. Casais do mesmo sexo enfrentam diariamente constrangimentos e não se sentem seguros em manifestar o afeto em locais públicos. Nas ruas, enfrentam o assédio e ameaças verbais; no trabalho e nas escolas, adolescentes e jovens muitas vezes são vítimas de bullying.   Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Governo Federal deve desenvolver um projeto de lei que criminalize atos de ódio, preconceito e intolerância contra diferentes grupos, a fim de combater as agressões e ter um instrumento de prevenção. Outrossim, cabe ao Ministério da Educação a criação de um programa escolar nacional que vise a contemplar a diversidade sexual e de gênero, além de ter uma política de combate ao bullying, o que deve ocorrer mediante o fornecimento de palestras e peças teatrais que abordem essa temática.