Para Weber, os processos e pensamentos sociais são dinâmicos e mutáveis, os quais necessitam serem interpretados para que se extraía seles o seu sentido. Neste contexto, pode-se afirmar que a questão homofóbica no Brasil requer uma atenção, principalmente quando se fala de uma sociedade que se declara civilizada e globalizada, mas que ainda perpetuam atitudes que provocam tanto retrocesso. Nesse contexto, tendo como partida o fato de que o país, mesmo possuindo uma minoria conservadora, muitas vezes é controlado pela força dessa parcela da população, fato este confirmado historicamente, na qual a aristocracia rural mesmo sendo minoria controlava a política estadual. Além disso, é importante observar que o corpo social não possui auxílio de como lidar com as diferenças sociais. Judith Butler fez o seguinte questionamento: "Queremos educar nossas crianças para entender que a questão de gênero é um problema altamente debatível?". Isto, justificaria a falta de abordagem de certas problemáticas perante a sociedade. Muito se fala da liberdade de expressão, direito este garantido por lei, mas pouco se aplica essa tal liberdade quando o assunto é homossexualidade. Dados divulgados recentemente apontam que 44% dos casos de homofobia letal que ocorreram no mundo aconteceram no Brasil e a cada ano só aumenta os índices desse tipo de atitude no país. Desta forma, se é necessário estabelecer que o corpo social apresenta diversas formas e pensamentos e o conhecimento destes é essencial. É de extremamente importância, principalmente no contexto brasileiro, a criação de um projeto de lei que criminaliza a homofobia, assim como ocorreu com a criação da lei Maria da Penha ou o racismo como crime inafiançável, na tentativa de se conter de forma mais radical esse tipo de atitude. A propagação de uma política educacional que introduza desde as primeiras séries as ideias de identidade de gênero, na tentativa de aproximar esse corpo social de todas as ideologias existentes.