Enviada em: 24/06/2017

Na madrugada de 12 junho de 2016, cerca de 200 pessoas dançavam na pista da Pulse, uma das principais boates gays de Orlando nos Estados Unidos, quando a música deu lugar a rajada de tiros. Um norte-americano disparou contra frequentadores do local, deixando 49 mortos e 53 feridos.  Trata-se de um ataque terrorista e crime de ódio, pois a escolha de uma casa noturna gay não teria sido por acaso, já que o assassino se autodeclarava homofóbico. Infelizmente esse foi só mais um exemplo de intolerância contra a comunidade LGBT, pois episódios como esse estão deixando de ser situações isoladas e assumindo diferentes formas. Dessa maneira, trata-se de um problema que precisa ser resolvido.   Primeiramente, a homofobia é a repulsa ou aversão aos homossexuais. Em muitas sociedades o preconceito impede que gays possam exercer livremente a sua cidadania ou viver em segurança. Alvos de discriminação, são constantemente ameaçados com insultos ou agressões físicas, que muitas vezes levam a morte. No Brasil, o crescimento da homofobia associa-se com a cultura machista, o conservadorismo da sociedade e o fortalecimento de grupos religiosos mais radicais, entre católicos e evangélicos. A homossexualidade constituiria uma ameaça aos valores morais desses grupos, como a família, entendida exclusivamente como a união entre um homem e uma mulher.   Essa expansão se expressa, entre outras formas, pela força da chamada bancada evangélica no Congresso nacional, que possui o poder da articulação e capacidade de pautar temas da agenda política, como Estatuto da Família e “cura gay”.O primeiro, que tramita na câmara dos Deputados, define família como apenas sendo a união entre homem e mulher, inviabilizando qualquer outro arranjo familiar e a adoção de crianças por casais do mesmo sexo.O segundo, sugere que a homossexualidade é uma doença e, por isso, passível de ser tratada. Mas o preconceito contra homossexuais manifesta-se de forma mais repulsiva por meio dos assassinatos, quando o ódio se converte em homicídio.    Em vista disso, medidas são necessárias para resolver o impasse.  Já dizia o filósofo Aristóteles, "A sociedade é a base da justiça", dessa forma o governo em parceria com o Ministério da Justiça deve formular uma legislação específica voltada a garantir a segurança da comunidade LGBT, além de punir os crimes de homofobia. Também é necessária uma educação plural e cidadã, dessa forma o Ministério da Educação por meio das escolas, deve promover conversas e palestras na companhia de alunos e pais, com o propósito de combater estereótipos e evitar preconceitos desde muito cedo. Só assim o país é capaz de minimizar a intolerância contra homossexuais.