Enviada em: 26/10/2017

O Brasil é um dos campeões em crimes contra a população LGBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais). Em 2016 foram 343 homicídios registrados de indivíduos pertencentes a esse grupo minoritário, motivados por homofobia e transfobia, segundo um levantamento da ONG Grupo Gay da Bahia. Nessa conjuntura, cabe pautar como  a sociedade e o Estado corroboram a situação.         É cada vez mais comum a presença de debates, cujo tema diz respeito à sexualidade, em redes sociais, na mídia ou em uma simples conversa entre colegas de trabalho, nos quais a liberdade de expressão se confunde com o discurso de ódio e intolerância. A falta de respeito dos indivíduos com o outro e a crescente defesa dos "valores tradicionais" em território nacional tem fomentado e sido usada como justificativa de agressões verbais, físicas e psicológicas contra os LGBTs. Pais expulsam filhos dos lares, casais homoafetivos são constrangidos em estabelecimentos comerciais, e homossexuais estão morrendo apenas por serem quem são diariamente.       Além disso, é pertinente ressaltar que a falta de punição em casos de discriminação motivada por orientação sexual, que mesmo quando registrados são enquadrados em outros tipos de delitos, escondendo a  real dimensão do problema, perpetua a ideia de que "tudo bem praticar tais atos". Projetos de lei de criminalização da homofobia ou "LGBTfobia" apesar de serem de extrema importância para ajudar a coibir essa prática, continuam a ser barrados, como aconteceu em 2015,  por deputados, principalmente os da chamada "bancada evangélica", movidos por ideais religiosos, mesmo em um Estado, na teoria, laico.        Depreende-se, portanto, que medidas para atenuar a problemática precisam de ser tomadas. Segundo a escritora norte americana Helen Keller, "O resultado mais sublime da educação é a tolerância", assim, cabe a Escola promover aulas, debates e palestras conjuntas, com pais e alunos, expondo a temática da diversidade sexual para que os atuais e futuros adultos compreendam melhor o mundo em que vivem. Além disso, o Estado deve ampliar campanhas contra a descriminação sexual utilizando-se da TV e internet, promovendo o respeito entre os diferentes. Ademais, a comunidade LGBT precisa ir às ruas, não só na parada anual do orgulho gay, para exigir do Legislativo a elaboração e aprovação de uma lei específica que proteja essa minoria. Dessa forma, erradicar-se-ia, em partes, os problemas relacionados a homofobia no Brasil.