A homossexualidade não é exclusiva à sociedade contemporânea: o rei macedônico e conquistador persa “Alexandre, o Grande” mantinha relações amorosas com Hefastião, ocupante de um importante cargo no Exército. Sua orientação sexual, no entanto, nunca o impediu de construir um dos maiores impérios e estar entre as personalidades mais fascinantes da história. Levando em consideração, portanto, que a sexualidade não é fator determinante da capacidade de alguém, torna-se necessária a tomada de decisões para combater o preconceito contra as diversas manifestações dela. Primeiramente, segundo dados do Ministério da Educação, ser homossexual é crime em mais de 70 países e, em pelo menos 6, passível de pena de morte. É inconcebível que, em um mundo com tamanho acesso à informação e tão evoluído tecnologicamente, a sociedade ainda tenha uma visão retrógrada a respeito da comunidade LGBT, que, vítima de inúmeras agressões, recorre em alguns casos a medidas mais extremas, como o suicídio. Ademais, a situação não é diferente no Brasil: de acordo com o levantamento do Grupo Gay da Bahia, há um assassinato em virtude da homofobia a cada 28 horas. Tal violência é, em grande parte, causada por uma concepção advinda de dogmas cristãos, sem que seja levada em conta a laicidade e liberdade religiosa existente no país. Ainda, tal violência não é criminalizada no Brasil, o que permite a perpetuação das agressões e impunidade de quem as comete. Em virtude dos fatos mencionados, o Congresso Federal deve aprovar um projeto de lei que criminalize todo e qualquer ato homofóbico, punindo os envolvidos conforme a lei; além disso, a Polícia Militar deve fiscalizar mais intensamente as agressões praticadas contra os gays nas ruas e, por fim, os pais devem deixar claro a seus filhos que, independentemente dos preceitos religiosos que possam influenciar sua visão acerca da comunidade homossexual, o respeito é necessário. Assim, haverá uma conscientização das gerações futuras e, por conseguinte, diminuição dos casos de homofobia no Brasil.