Enviada em: 30/07/2017

Representatividade Importa     Entende-se por homofobia a discriminação (e demais violências daí decorrentes) contra pessoas em função de sua orientação sexual ou identidade de gênero. Infelizmente, mais de 70 países ainda consideram a homossexualidade como crime, o que não é o caso do Brasil, porém, o nosso país, que tanto se orgulha de sua diversidade cultural, é a nação que mais mata travestis e transsexuais no mundo. Segundo dados da organização Grupo Gay Brasil, nos últimos quatro ano e meio, 1,6 mil pessoas morreram em ataques homofóbicos no país, e, em média, uma pessoa LGBT é morta a cada 27 horas.    A maioria das pessoas esquece que os homossexuais também sofreram em campos de concentração e que, até a década de 90, a homossexualidade era tratada como homossexualismo, ou seja, uma doença. Este fato é apresentado na série American Horror Story onde a personagem de uma jornalista é internada em um manicômio na década de 60 e passa pela tortuosa terapia de eletrochoque, apenas por ser lésbica. O problema é que em pleno século XXI diversas pessoas lastimam que esses "tratamentos" não existam mais,  e é por isso que a representatividade é o melhor caminho para combatar a homofobia, por exemplo: a escolha do dia 17 de maio como Dia Mundial de Luta Contra a Homofobia faz referência a data que a OMS retirou o termo "homossexualismo" da classificação de doenças, uma grande vitória.     É muito importante a desvinculação da população LGBT à ideia de promiscuidade; isto tem sido alcançado aos poucos com a ajuda de propagandas que mostram casais formados por dois homens ou duas mulheres. No desenho animado Clarêncio, a personagem Jeff tem duas mães e essa representação ajuda a criar no inconsciente das crianças a certeza de que existem diferentes tipos de famílias e que todas as orientações sexuais são apenas normais.      No entanto, por mais que a representatividade seja a melhor forma de acabar com a homofobia, pois ajuda a familiarizar pessoas conservadoras coma  comunidade LGBT, seus resultados aparecem a longo prazo; posto isso, é de suma importância que o poder legislativo brasileiro se inspire em países como Suécia, Canadá e Inglaterra e inclua a orientação sexual na lista de motivações de violência, prevendo punições contra crimes de ódio, e ainda, que essa legislação seja veiculada nos meios de comunicação tendo em vista que muitas pessoas só respondem ao medo, não a pedidos de respeito. Assim, poderemos reduzir de imediato esse número tão alarmante de ataques, abusos e principalmente homicídios.