Enviada em: 04/08/2017

A homossexualidade no Brasil tem sido presente na sociedade desde o período anterior à chegada dos europeus. Evidências sugerem que era comum entre os índios a prática de relações homossexuais, relatadas pelos portugueses que as consideravam um ato pecaminoso e selvagem. Essa concepção é uma ignorante herança que foi nos deixada, sendo persistente até os dias atuais.   É preocupante o fato de como a orientação sexual de um indivíduo, algo pessoal, possa incomodar o outro a ponto de que esse cometa crimes, algo recorrente no Brasil, onde em 2013, devido ao caso, ocorreu uma morte a cada 28 horas. Mortes, essas tratadas como um homicídio qualquer sem ter ligação com atos homofóbicos, consequência da ausência de leis punitivas para com a prática. A tentativa de penalizar ocorreu, o projeto de lei 122, também conhecido como lei anti-homofobia, visava tornar crime a homofobia no país, porém após oito anos sem aprovação, foi arquivada. Na câmara de deputados, na qual votam as leis, 136 se dizem contra tornar crime a ação.    Muitos homofóbicos praticam o ato tendo como justificativa a sua religião, alguns líderes religiosos, inclusive presentes na câmara de deputados, propagam o ódio e tornam-se um obstáculo para solucionar o caso. Em uma sociedade é imprescindível que os indivíduos possam compreender e conviver com a diversidade, como diz o físico alemão, Albert Einstein: "A menos que modifiquemos a nossa maneira de pensar, não seremos capazes de resolver os problemas causados pela forma como nos acostumamos a ver o mundo".   Torna-se evidente, portanto, que o país necessita progredir nessa questão. Criar outra proposta de criminalização é imprescindível, agora com o apoio da população, de movimentos LGBTs e da mídia para que esta seja aprovada. Com uma lei punitiva, pode-se fundar uma delegacia excepcionalmente para os casos de homofobia, com o intuito de que todos possam pagar pelo ato. É essencial a conscientização, com palestras de representantes LGBTs em escolas e mídias, para que assim, futuramente, nossa sociedade evolua compreendendo e convivendo com a diversidade.