Enviada em: 02/10/2017

Segundo Max Weber, um grande sociólogo do século XX, defende como tese, que os processos e fenômenos sociais são dinâmicos e mutáveis, os quais necessitam ser interpretados para que se extraia deles o seu sentido. Nesse contexto, a discussão sobre a homofobia deve-se ser mais ampla, trazendo, consigo, o objetivo de impedir o retrocesso da população brasileira, que, infelizmente, perpetua-se ainda vigente em uma minoria conservadora da sociedade.   A Igreja Católica, pela sua grande influência no meio social desde os tempos de sua fundação, propagou-se a ideia de que ser homossexual é pecado, algo, de certa forma, abominável. Dessa maneira, a visão perante aos gays tornou-se deturpada, fazendo com que muitos sofressem com violências, tanto físicas, como psicológicas. Um exemplo disso, é que, no Brasil, a homofobia mata uma pessoa a cada 25 horas, mostrando-se eminente a problemática dessa questão.   Outra questão relevante, é que, na Constituição Federal, todo cidadão tem direito à liberdade de expressão, sendo, portanto, crime atitudes contrárias a essa determinação. Contudo, nos meandros da Câmara dos Deputados e no Senado, há a Bancada Evangélica, que, no ano de 2016, conseguiu aprovar o Estatuto da Família, afrontando, assim, a liberdade das pessoas homossexuais de construírem suas próprias famílias. Deste modo, a ausência de representatividade desse público nas esferas políticas, contribuem, de fato, na persistência de atos contra as pessoas LGBT's.   Diante do apresentando, é necessário que, o Poder Legislativo Federal, tipifique o crime de homofobia no Código Penal, como o feminicídio, a fim de contribuir com a diminuição das práticas de violências direcionadas a essa parcela da população. Ademais, a mídia, promovendo campanhas publicitárias relacionadas ao fortalecimento da separação de questões religiosas na política - laicidade do Estado - auxiliaria na pressão popular sobre os políticos, e, assim, baniria atitudes como o Estatuto da Família.