Enviada em: 28/09/2017

Conforme afirmava o escritor Gilberto Freyre na obra "Casa Grande e Senzala", a pluralidade de crenças, etnias e gêneros formam a identidade do país.Sendo assim, toda essa diversidade deve ser respeitada, porém a homofobia tem tornado-se constante e gradativa, o que a leva a ser um grande problema.Nesse contexto, devem-se analisar como a herança histórico-cultural e a omissão do Estado causam tal problema e como combatê-lo.   A herança histórico-cultural é a principal responsável pela homofobia no país.Isso decorre do período de colonização quando a Igreja Católica impôs na sociedade que o modelo correto de relação é a formada por homens e mulheres.Segundo o sociólogo Pierre Bordieu, em sua teoria sobre "habitatus", toda sociedade incorpora os padrões sociais impostos e os reproduzem ao longo dos anos, o que explica o enraizamento das práticas homofóbicas.Em decorrência disso, a sociedade incorporou essa imposição e, de maneira natural, naturalizou o preconceito contra pessoas que não seguissem tal padrão.   Além disso, nota-se, ainda, que a omissão do Estado também é responsável pela homofobia.O Governo Estatal não fornece proteção para o grupo LGBT, principal alvo das atitudes preconceituosas, a ausência de uma Lei que proteja o grupo talvez seja o atrativo para o preconceito acontecer.Em razão disso, tem-se um elevado número de casos de atitudes homofóbicas no Brasil, diariamente, em que a cada 25 horas uma vítima é agredida ou morta, evidenciado o tamanho do problema.   Torna-se evidente, portanto, que a homofobia é um impasse que deve ser combatido.O Ministério da Educação deve obrigar que as escolas enfatizem nos ensinos infantil, fundamental e médio, sobre a aceitação da diversidade de gêneros, a fim de retirar os padrões que foram impostos na sociedade.Ademais, o Poder Legislativo, em parceria com os Direitos Humanos, deve criar uma Lei que proteja membros do grupo LGBT, com intuito de diminuir as práticas homofóbicas presentes no cotidiano.